Fazer resenha sobre telefone lançado em março pode? Pode sim, porque a fila para experimentar o Zenfone Zoom, da Asus, era gigante. Como o assunto principal aqui não é tecnologia, não me importou a demora.
Uma coisa sobre resenhas de equipamento: como vocês sabem, eu não sou “técnica”. Entendo bem o poder dos processadores, de ter memória suficiente e softwares que funcionam – ou não. E sei o quanto faz diferença para o usuário final saber o que esperar de um produto – e quais são seus pontos fortes e fracos.
Com 5,5 polegadas, o Zenfone Zoom é feito em uma peça única de alumínio, com acabamento jateado, gorila glass 4 e traseira em couro – usando a técnica da sapataria italiana. O modelo para testes daqui era branco – com detalhes em champanhe.
Como sempre, a Asus manda bem no projeto: tudo é pensado e feito para o conjunto funcionar perfeitamente para o objetivo do telefone – que é fazer ótimas imagens.
Os botões dedicados à câmera – tanto para vídeo como para foto – são bacanas no conceito e no uso. Mas para quem carrega telefone no bolso, a coisa pode ficar feia. Aconteceu comigo algumas vezes: ao pegar o aparelho, a câmera estava ligada.
O Zenfone Zoom ainda usa os processadores Intel. Testei o com 2,5GHz, com os 4GB de RAM e GPU Power VR, ele deu conta de todos os jogos – e mais alguns. O aparelho tem duas versões disponíveis, com 128 GB ou 64GB, expansíveis por microSD.
Este é o pedaço que eu mais gosto da linha Zenfone (principalmente porque a Asus só manda o topo de linha pra gente testar): não engasga. Se por um acaso os aplicativos começarem a atualizar enquanto você está usando outro, você não vai notar.
Ok, os conjuntos Intel não serão mais usados – no Zenfone 3, que será lançado semana que vem no Brasil, o chip é Qualcomm. Mas, todavia, entretanto, contudo: para o usuário final o que importa mesmo é que funcione bem. E o Zenfone Zoom funciona muito bem, obrigada.
O grande defeito? Os telefones ainda estão no Android 5.0, Lollipop.
Um outro calcanhar de aquiles do aparelho é a bateria. Durante as duas semanas de testes, com uso constante, precisei carregar o Zoom no meio do dia constantemente. Não é exatamente um problema, mas pode ser uma questão para os hard users que não têm um bom power bank.
O Zenfone Zoom foi apresentado em março deste ano como o próximo passo nas câmeras para celular*. Com 13 Megapixels, a câmera Composta por 10 lentes Hoya; sensor Panasonic SmartFSI; mecanismo (já copiado por outros) de zoom periscópico que não exige expansão do conjunto para fora do corpo do celular 3 x óptico e 12x no digital; flash dual color; foco laser; grande angular de 75º.
Para completar, a Asus embarca o Splendid, um sistema que permite controlar com detalhes cores e temperatura de visualização e o Pixelmaster, tecnologia desenvolvida pela Asus para o pós processamento, que traz as fotos para perto do que vemos.
O zoom periscópico tem dois motores em paralelo que permitem capturar a luz e melhor estabilização. Eles só funcionam com o botão físico, para economizar energia e manter as lentes travadas e em segurança até a hora do clique. Além disso, o mecanismo permitiu criar um aparelho fino, que tem ótimo equilíbrio nas mãos – e segurança extra com a correia de pulso.
Primeiro ponto: para ter todos os benefícios que o Zoom traz, é preciso usar os botões físicos – e isso tem uma curva de aprendizado, porque estamos mais que acostumados a não usar mais. Eu demorei dias (mesmo com o tutorial) para acostumar com isso – só para voltar a usar a tela quando estava com pressa.
Antes de sair clicando, é importante fazer as configurações de acordo com os parâmetros especificados. Isso feito, basta apertar o botão físico para o app da câmera abrir e estar pronto para uso (isso é genial).
Para te economizar trabalho, reproduzo aqui as configurações:
O Pixelmaster oferece 18 modos de disparo, os destaques: HDR, Super Resolução (que tira múltiplas fotos em meio segundo para compor a cena); Foto Diurna (que trata a superexposição com excesso de luz e dá os contrastes devidos à imagem); Manual – que permite explorar todo o conjunto de acordo com o seu desejo e habilidade.
Como já disse, eu tive algumas dificuldades com a câmera. Acostumar com o botão dedicado foi uma tarefa difícil. E foi com ele que consegui as melhores fotos – que vc confere abaixo.
Abaixo, você confere os resultados que consegui com o equipamento (não foram dos melhores, meh).
Me espantou a diferença entre o clique com o botão dedicado e sem nas fotos noturnas.
E notem como a foto da Nina (a minha gata preta) ficou maravilhosa. (É estranha porque pessoa felina estava no meu colo, mas que seja).
Dou uma bala para quem disser quais foram clicadas com o botão dedicado e quais não. 😉
* Desde o lançamento do Zoom, já chegaram ao mercado outras câmeras “melhores”: o módulo Hasselblat para o MotoZ; e a câmera dos Galaxy S7 e S7 Edge (com abertura que ninguém chega perto, garantindo fotos lindas em ambientes escuros) só pra falar de duas nas quais “babo”.