Desde que descobri que 2010 é ano da biodiversidade tive uma idéia: fazer posts sobre as mais variadas espécies e ecossistemas. Hoje, assisti Sharkwater, do biólogo e fotógrafo – ou vice-versa – Rob Stewart. Claro que sentei na frente da TV quase quietinha por conta da paixão da Xará Malla por estes animais maravilhosos. Queria aprender mais. Claro que não consegui ficar sentada quieta enquanto os pescadores costa-riquenhos iam caçando tubarões na Guatemala, tirando as barbatanas e jogando os corpos de volta ao mar para morrer aos poucos lá no fim. Isso enquanto a galera do Sea Shepherd lutava para que tudo parasse… (não é spoiler, podem assistir o filme que tem mais, muito mais história).
O resumo da ópera é simples: os tubarões estão sendo dizimados a passos largos. A única campanha de preservação de que tenho notícia é do Sea Sheperd e do Rob Stewart. O detalhe sórdido é que estes animais de 400 milhões de anos de idade são fundamentais para a saúde dos oceanos. A humanidade é tão burra e cega que simplesmente mata – pela barbatana e seus poderes mágicos – sem saber que, com isso, tira um elemento fundamental da cadeia marítima, o seu predador mais eficiente e necessário.
Só isso já basta para arrepiar os cabelos. Pior ainda é saber que o clássico homônimo de Spielberg é pura balela. Eles são bichões tímidos, vivem sozinhos e conhecemos quase nada a seu respeito. E que os tubarões matam (dados do filme, de 2006) 5 pessoas por ano, contra 100 mortas por elefantes. Sim, meus amigos. Elefantes matam mais homens que tubarões – e, sim, também são espécie ameaçada, mas por outras razões.
Fiquei péssima ao saber que um tubarão leva 25 anos para chegar à maturidade reprodutiva – reprodução lenta é o que já fez várias baleias sumirem da face de nossos oceanos. A gente está esperando o quê pra cuidar disso? Deixe de ter medo e mãos à obra. Quem puder (cartão internacional) colabora direto com o Rob Stewart que incentiva ações para esclarecimento da população e vai direto ao ponto, trabalhando na Ásia, onde as barbatanas são consumidas. Se preferir, colabore com o SeaSheperd Brasil.
Update via nossa expert no assunto, Lucia Malla:
No Brasil, o Instituto Aqualung tem um projeto chamado ProTuba, que é bacana. Quando saí do Brasil, eles estavam começando um levantamento das espécies vendidas no mercado brasileiro e a percepção do consumidor sobre os cações.
No exterior, a WildAid tb faz diversas campanhas focadas na Ásia, o principal mercado consumidor de barbatanas. É das ONGs q mais investem nesse problema.
Ainda não se convenceu que isso é problema seu? Olhaí:
Tem mais sugestões? É para isso que servem os comentários!