Ter um blog, sempre aviso aos novatos que vou contaminando na vida, é um eterno aprendizado e trabalho duro. É preciso ter foco, ser rápido no gatilho e nas letrinhas, criar redes, participar de listas, ler muito (texto bom nunca vem de graça), acompanhar feeds, pensar na estética, na ética. Manter tudo isso tinindo dá trabalho – e não é pouco.
O pior, no entando é enfrentar as bobagens que brotam nos quatro cantos da web. Graças à boa sorte das joaninhas, eu não tenho (muito) este problema. Acho que por aqui ganhei um único comentário sem pé nem cabeça. Mas não é o que acontece por aí. No fim, a gente que escreve em português sempre enfrenta a bestialidade que rola solta neste país perdido.
O caso do dia, que veio pela blogosfera, foi contado pelo Luiz Aquino. E aconteceu no blog do tanga: ele fez um post absolutamente fictício sobre psicografia. Aparece em 3o lugar no Google. Resultado? 293 comentários sem pé nem cabeça, pedindo conselhos, psicografia, etc, etc, etc. E o autor? Segura a onda e vai responder tantas vezes quantas forem necessárias, que não faz psicografia e que o texto é ficção.
Veja só, o Cardoso (que vive do seu blog) também escreveu sobre o caso. Ele também vive sendo vítima da ignorância. No caso dele, idiotice deve virar um dinheirinho bacana, porque ele monetizou o blog direito e na teoria, os burraldos além de não ler o artigo também vão clicar nos anúncios.
O que deixa a gente puto nas calças, no final das contas, é que a gente trabalha pra caramba, se esmera pra postar rapidinho e aí vem a visita by Google e não lê. Ninguém merece, né? E faz parte da vida. A luz vem dos leitores bacanas e inteligentes que acompanham a gente. Juro que estou pensando jeitos de aumentar a audiência. Mas quando leio estas histórias dá um medão…