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27
mar
2015

Sobre erros, estes lindos #projeto50

Care

Haja ânimo, força e bom humor para lidar com erros. A gente erra, o outro erra e, quando você vê, está explodindo. Mau humor, raiva, frustração, medo, pânico… Há uma miríade de emoções e reações que brotam dos erros. A grande questão é que se você não errou, aprendeu muito pouco. Há que ter coragem (coração + ação) para dar conta de viver com seus erros. Só que, sem errar, sabemos, não há como aprender.

Então, a perfeição precisa, necessariamente, passar pela inclusão e aceitação do erro. Neste “pulo do gato” é que reside o “segredo”. No fundo, todo mundo sabe que o erro é um lindo, mas na real, a nossa atitude é muito diferente: negação, frustração brotam, sem dúvida de qualquer erro – dos menores aos maiores.

1. Erros que brotam entre pessoas

Como a humanidade é infinita nos seus devires, há nenhum limite para estes erros. Hoje eu estava lendo sobre o algoritmo do Google Maps (uma ferramenta que AMO) e fiquei pensando, depois, como eu desejo aprender a escrever estas equações e tornar a vida lógica. Sim, eu tendo a preferir o mundo lógico, onde as questões e perguntas são claras, mas sou feita de sujeito, devir, subjetividade, assim como o meu trabalho. Daí decorre um grande desafio (e problema). Os principais erros que cometi vieram das seguintes atitudes:

  • Não ser transparente/clara;
  • Não compartilhar o que realmente penso a respeito de um assunto/situação;
  • Deixar as ilusões e/ou expectativas guiarem a relação;
  • As falhas que vêm da passividade/omissão;
  • Preguiça de me engajar

2. Erros que aparecem no trabalho

Eu (e o mundo) sou perfeccionista. E no conceito, infelizmente, não entra a equação ERRO PROCESSADO. Quem nunca escreveu uma frase de pé quebrado? Quem nunca escreveu uma palavra errada (pasmem, lembro do dia em que aprendi a escrever necessidade até hoje)? Ou trocou o arquivo que deveria enviar, mandando a versão que não estava pronta?

Erros no trabalho são comuns e pouco importa a razão de acontecer. Eles acontecem. O maior problema, IMO (in my opinion), é não existir um processo de detecção, apropriação e correção do erro. Uma vez, esqueci de fazer um backup antes de começar a reinstalação de um site. O errinho básico me custou uns 2 meses de trabalho insano para consertar tudo o que ficou quebrado. Se este cliente não fosse quem é – e não confiasse em mim – a coisa ficaria muito feia, para todos os envolvidos. A gente tem um processo de trabalho que permite detectar e corrigir erros.

Houve outra vez, quando eu ainda era uma mulher do papel de imprensa, em que recebi um horóscopo para publicar (a pessoa formulava a semana inteira e mandava em um único arquivo), e publiquei por engano dois dias seguidos a mesma previsão. Ok, não é um erro que vá matar todos os ursos polares, mas eu o cometi. E os “chefes” decidiram que por isso não merecia continuar empregada. Sim, senhoras e senhores, eu tenho pesadelos com ctrl+C/ctrl+V até hoje – e isso contribuiu, sim, para o aumento da minha paranoia com acertos, o que não é bom no esquema geral.

3. Erro, erro, erro

Uma das coisas mais interessantes de trabalhar com tecnologia – ou sobre tecnologia, que é o meu caso – é exatamente esta possibilidade de aprender com erros. Graças a uma vírgula ou a um espaço, o código que você fez não funciona. Se você esquecer a chave, o parênteses, o sinal, idem. E, mesmo com tudo funcionando direitinho, há os erros de conexão com o banco de dados (os erros 500), os endereços 404 (Página não encontrada) e mais uma lista longa de coisas que podem “dar ruim”.

O lado bom é que você aprende, ao longo do tempo, a trabalhar com eles, apesar deles, em cima deles. Exige paciência, sorriso, trilha sonora adequada, um tanto de flexibilidade na sua visão de mundo “perfeito”. O resultado é… estar vivo, errando e aprendendo, construindo conhecimento e espalhando novas conexões – tanto no seu cérebro como entre pessoas.

[este texto foi escrito graças a uma longa conversa com a Babi Maués, enquanto eu e São Becher tratávamos de diversos problemas na hospedagem deste domínio]

foto:  Funkyah via Compfight

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