Você abre o jornal e encontra um anúncio grandão dizendo que a Plastivida (associação das fabricantes de lixo) conseguiu liminar na justiça para permitir que as pessoas usem sacolas plásticas nos supermercados paulistas.
Entra no supermercado e vê o cartaz grandão avisando aos clientes: providenciem ecobags (ou qualquer outra solução) porque a gente não vai mais dar sacolinha.
E está feita a confusão.
A razão? Quarta-feira, dia do aniversário da cidade de São Paulo, pelo menos 80% dos supermercados do Estado deixarão de fornecer sacolinhas de graça aos clientes. Além das nossas queridas sacolas retornáveis e caixas de papelão, os clientes que ainda desejarem a sacolinha pagarão cerca de R$ 0,20 (vinte centavos) pelas belezinhas.
A iniciativa, resultado de acordo entre o governo do Estado e a APAS (Associação Paulista dos Supermercados), é a alternativa para a lei, que já foi considerada inconstitucional na justiça.
O valor da coisa é simbólico, claro. Um começo de consciência, talvez, para um monte de gente. E esta é a segunda fase da campanha Saco é um Saco, que os leitores mais antigos (e persistentes) também já leram aqui.
Em novembro do ano retrasado escrevi um post sobre o assunto – porque, claro, fiquei muito brava com a história. Vale reler (ou ler).
Quem é inteligente, muda de atitude.
P.S. duro mesmo é ler no Estadão representante da indústria falando que rolo com 10 sacos de lixo custa R$ 19,00. Ô falta de frequência no supermercado!!!