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22
jun
2013

Revolta do vinagre: da confusão ao foco

Manifestantes na Cupula do Congresso, Fabio Pozzebom, agência Brasil

Essa última semana, de 17 a 21 de junho de 2013, vai entrar para a história do Brasil. As manifestações levaram milhões às ruas. Eu nunca vi nada assim depois dos caras pintadas. Movidos a rede, convocados pelo MPL e diversos outros movimentos (sempre à esquerda, sejamos muito justos), o povo simplesmente tomou a rua. FINALMENTE!

Eu fiquei de sofativista, grudada em rádio, TV, internet, colocando informação no meu Twitter, Facebook e no Mapa Colaborativo, produzido pelo Marco Gomes para gerar informação de confiança para quem estava nas ruas. Foram noites intensas, em que esqueci de comer, beber, ir ao banheiro. O número de abas nos navegadores se multiplicou exponencialmente.

Duvido muito dos números. Nesta matéria, a Agência Brasil fala em 2 milhões em 438 cidades. É mais, gente. Muito mais. Tenho a sensação que metade da população brasileira está na rua, gritando por uma vida melhor.

Fico triste em ver amigos que considero muito inteligentes questionando o movimento. Como eu disse no primeiro post: é preciso ficar na confusão – gerada pela raiva de ter nossos direitos pisoteados o tempo todo – para encontrar uma direção, qual a ação mais apropriada.

Fiquei com medo, porque vi muita gente falando em tirar a Dilma da presidência, golpe e quetais. Por isso a blogagem coletiva pela democracia.

Ontem à noite, enquanto o pau comia em Curitiba – e eu temia pelos amigos de lá – pensei: poxa, meio caminho andado é o fim do voto obrigatório. E, depois de horas tentando encontrar informações que não chegavam, me rendi ao sono.

Hoje acordei com a segunda proposta concreta: corte do salário dos políticos. Prefeitos, governadores, presidente, ministros, deputados estaduais e federais, vereadores: VOCÊS NÃO COLOCAM AS MÃOS NA NOSSA GRANA!!! Acabou a farra com o dinheiro do povo. Esse dinheiro irá, obrigatoriamente para as seguintes profissões: professores, médicos (e outros profissionais de saúde), pessoal que trabalha nos transportes (motoristas-cobradores), policiais.

Simples e direto: se o dinheiro é nosso e nós queremos educação, saúde, transporte e segurança, é pra essas áreas que vai o nosso dinheiro. E nada de bolsa-copa pra ministro!

O que vocês acham?

foto: Fabio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil – CC

foto do destaque via GYN online 

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