Formulários de contato de um blog são uma verdadeira maravilha. A gente não apenas ganha dicas e sugestões, como recebe informação de primeira. Prova disso foi o contato, lá no Ecoblogs, do Flávio Braga, gerente do Programa Xerox de Cartuchos Vazios.
Segundo o site estadunidense da companhia, em 2004 o programa evitou o envio de 63 toneladas (13.4 milhões de libras) para aterros sanitários em todo o mundo. A coisa é simples:
Aqui em terras verde-amarelas, a história continua depois. Eles criaram um Centro de Reciclagem e Destinação, estrategicamente instalado com outras divisões da empresa, em Itatiaia, às margens da Via Dutra há dois anos. Segundo a Professional Publish (em maio de 2006):
o complexo será responsável pela recuperação de dois mil itens, além da recuperação de cerca de 50 produtos do portfólio da Xerox e da manipulação direta de 16 mil itens no novo armazém geral de peças e suprimentos.
Não encontrei nenhuma referência aos tipos de cartuchos recolhidos (inkjet, toner… há uma infinidade de produtos nesta seara). Os dados estão todos desatualizados. A empresa faria um enorme bem à causa da reciclagem e do consumo consciente se fornecesse números mais atualizados. No troco, conheci melhor – e vou avaliar – a impressão com cera. Estou absolutamente descontente com o resultado da minha jato de tinta.
De toda forma, adorei a iniciativa. Só eu sei a quantidade de cartuchos (da Epson) que ficaram aqui em casa porque não posso reusar – e a empresa não tem um programete destes. Nem preciso de coleta em casa. Eu topo bancar postagem e/ou deixar em algum posto de coleta (que tal em grandes redes de papelarias?).
Ainda no tema reciclagem
Recomendo fortemente a entrevista que o Nick Ellis fez com o Brian Lam, do Gizmodo, principalmente a sugestão do moço para criar inclusão digital em países como o Brasil (entre outras linhas de raciocínio inteligentes, divertidas e um papo ótimo):
eu acho que a melhor forma de dar computadores para o terceiro mundo é dar velhos computadores reciclados dos Estados Unidos, ninguém mais usa um Pentium II, por exemplo. E onde vão parar estes computadores? Eles vão para o lixo. É melhor doar estes computadores para as pessoas.
Embora não seja nada glamurosa (como os OLPCs, também na pauta), a idéia é muito da interessante. E como hoje parece que é dia de pensar em reciclagem de equipamento, lembrei que li em algum canto (peço ajuda aos universitários) que fazer upgrade no computador economiza mais que comprar novos. Eu aqui meio que sonhando com um iMac (ou Macbook) fico no paradoxo: é possível ser uma mulher que adora gadgets e não poluir? Como?
Imagem: Nature loves You, Flickr de deVos