Navegue
01
jul
2007

quer conhecer meu trabalho, minha carreira? Descubra agora

Lucia Freitas/Foto: Sergio LimaEm primeiro lugar, não sou de fugir à luta. O convite do Cadu, futuro engenheiro da computação que vive lá no Rio de Janeiro (mas nasceu aqui em Sampa), é que cada um mostre ao mundo a carreira, seu trabalho, formação.
Eu fico super feliz em ser convidada para estes “memes” e desafios que a gente inventa para mexer no que está parado na blogosfera. É uma oportunidade de parar o que já se está fazendo no blog e abrir uma janela para os nossos visitantes.

Lucia Freitas – jornalista
O negócio é falar de carreira, certo? Então tenho que confessar: sou jornalista, vivo de escrever o que vejo lá fora. Hoje sou editora/coordenadora de conteúdo do site Atmosfera Feminina e continuo participando (nas horas vagas) do Desabafo de Mãe, portal criado pela Ceila Santos e pela Sueli Sueishi, um projeto corajoso de recrutar mães para falar de cultura infantil – tema que inclui da educação e desafios diários com os pequenos a cinema, teatro e livros.
A faculdade da vida
Ganhei o diploma depois de freqüentar por cinco anos (eu parei um) o campus da Metodista de São Bernardo do Campo. Caí no jornalismo de páraquedas – ao contrário do Reinaldo Azevedo, que foi meu colega e só queria saber disso. Eu tinha prestado Medicina e prestei a faculdade por sugestão de uma amiga, com quem eu dava aulas particulares de matemática. Não fui aluna exemplar – queria mesmo era colocar a mão na massa. Lembro mais dos colegas, das muitas cervejas no bar em frente – e de nossa recusa em fazer provas (estávamos no final dos anos 80).
Foram anos embalados por The Cure, Renato Russo, Titãs; vídeos alternativos (a tal da videoarte) e, claro, a luta pelas eleições diretas e os planos econômicos (Cruzado para começar). O que me formou, de verdade, foi a relação entre os laboratórios e exercícios da faculdade, o mercado de trabalho (comecei a trabalhar no segundo semestre) e as conversas com os amigos que já estavam nas redações – e acreditavam que eu tinha talento. Aliás, foram eles que me deram as boas oportunidades de trabalho, as dicas e os macetes.
Rádio Cultura, um marco
Eram tempos de frilas à tarde, muita zoeira à noite, litoral norte de S. Paulo ainda cult, freqüentado por um grupo seleto de amigos – em geral mais velhos que eu. Em 1986, comecei a trabalhar na Rádio Cultura FM. O primeiro emprego a gente nunca esquece – e aproveita para conhecer o mundo todo. Foi um laboratório magnífico. Convivi com os maiores maestros e músicos do Brasil (Júlio Medaglia, Walter Lourenção, Jamil Maluf, Gilberto Tinetti…), aprendi um montão, fiz sozinha uma revista (Guia do Ouvinte), aprendi a divulgar. E queria mais, mais, mais.
A Cultura, hoje eu sei, é um marco na minha vida profissional. Muito do que veio depois (as passagens pelo Jornal da Tarde, as matérias nas revistas femininas, a postura de ser solução e não problema, o jeito de enfrentar injustiças e não baixar a cabeça na frente de quem tem mais poder) nasceu nos corredores da Fundação Padre Anchieta, sob a batuta da Thaïs de Almeida Dias, do convívio com gente como Patrícia Palumbo, com os técnicos, Carlos Conde e Alberico Cilento (eu produzia os programas de jazz) e a linda e já falecida Priscila Pfromm, que também era produtora por lá. Faltou gente, claro, mas não vou lembrar de todos. Minha memória é traidora – sempre falha.
Assessorias de imprensa
Saí na beira do Plano Collor, fiquei desempregada um tempão, foi um horror. Terminei na vala da assessoria de imprensa. Quem manda ser simpática? Foram várias passagens, com durações variadas (nunca muito tempo), que invariavelmente terminavam com a comprida aqui voltando a uma redação – ou pra vida de freelancer. O trabalho, no entanto, valeu. Conheci o Roberto Ethel, jornalista maravilhoso que trocou de lado em 1990 e nunca mais voltou para a rua. Hoje é dono de uma assessoria bem conceituada, segue trabalhando com marketing – e me ensinou o pouco que sei do assunto. E, mais recentemente, a Tânia Otranto e a Balia Lebeis; sem falar na Alice Ferraz e no Ronald Sclavi.
Amigos são tudo, trabalho sempre passa
No caminho, amigos, muitos amigos. O Ricardo Soares, que conheci na Cultura, me apresentou ao Lu Gomes, que me adotou no JT, em 1992 e me ensinou todos os truques. Lá conheci o Celso Fonseca, o Alessandro Gianini, a Maria Cândida (que hoje está na TV). Para completar, o Lu me apresentou ao Hélio Campos Mello e ao Bruno de André (que hoje é cineasta, mas sempre vai ser jornalista de primeira) que me apresentou ao José Roberto Alencar, um mestre da arte e da traquinagem.
A Rose Mercatelli, que foi minha colega de faculdade e trabalha na área de saúde desde sempre me apresentou a Mônica Tarantino, que me apresentou a Maristella Escobar. A Mônica trouxe para minha vida a presença do Luiz Chagas, seu companheiro, que também é guitarrista.
Uma grande amiga me apresentou a Fernanda Brito (hoje Cano). Numa coletiva, conheci a Paula Plank, parente do Max Plank. É minha amiga até hoje.
Através das assessorias, conheci a Angela Klinke, a Vanessa Barone, o Carlos Sambrana, o João Cury (que me levou pro Submarino). Sem falar de coleguinhas queridíssimos que adoram seus trabalhos: Leandro Matulja, Daniela Fernandes, Dudu Pacheco e tantos outros.
Como editora da falecida revista Mãe, conheci muita gente (jornalistas, fotógrafos, produtores) que virou amiga: a Ethel Santaella (dona da editora), Yara Guerchenzon, Adriana Marmo, Adriana Silvestrini, Claudia Rodrigues, Sandra Ventura, Sueli Vitale, Dani Santilli, Domingues, Claudia Paiva e Eugenia Lucato.
Dos muitos sites por onde passei ficaram a Patrícia Kalil, a Adriane Castilho. E através da Pati vieram a Ana Carmen, a Lu Terceiro, o Sergio Amadeu.
A lista não termina, é gente pra ir até o fim dos tempos. Os contatos variam em intensidade e continuidade – e seguem na memória. Principalmente porque na hora de pautar, de apurar, de buscar, é com eles que você conta de verdade – e não com o google.
Muitas redações, muitas…
Sempre me interessei também pelos meios que permitiam levar a informação ao seu destino…O jornalismo, claro, mudou absurdamente. Saí das velhas Olivettis, passei pelos terminais burros, aprendi para que servem Macs, a usar os programas de editoração (InDesign, Quark) e tratar imagens.
De uns tempos para cá, apesar de continuar absolutamente apaixonada por revistas e jornais, a internet e suas possibilidades são o lugar onde a minha curiosidade está. Web 2.0, Conteúdo Gerado por Usuários, novas ferramentas e tecnologias pipocando a todo instante – e convidando a conexões, descobertas e outras possibilidades.
Hoje a graça (para mim) é HTML, AJAX, qual o melhor CMS, como é que se faz vídeos digitais, novos serviços, RSS (e dar conta de ler os feeds assinados). E no final, o que conta é mesmo quem você conhece e se cumpre duas regrinhas fundamentais: escutar e perguntar muito. Sua agenda de telefones, coleção de cartões, livros e dicionários, sempre vão salvar o dia. E levar mais um tantinho de novidade a quem te lê.

Postado por:
Categorias:
jornalismo

Procurar

Canais

Novidades por e-mail

Se quiser receber as atualizações por e-mail, deixe seu endereço aí embaixo...

@lufreitas

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons — Tema LadybugBrasil desenvolvido por André Bets e Fabio Lobo