A CampusParty tem um quê de filho crescido. Sim, eu fui em parte responsável por incluir blogueiros ao circo. Hoje, seis anos depois, começará a sexta edição do evento. Com gosto de Fenasoft, um evento que juntava os majors aqui em São Paulo, no século passado. Ironia: o endereço é o mesmo.
O melhor do evento é encontrar as pessoas. Eu sabia que a coisa estava fora do prumo quando vi o preço: R$ 300,00 só de entrada. Depois de um ano sabático (forçado), até fiquei a fim. A vontade evaporou quando recebi um contato, aqui no blog, falando de um site para agregar… sorteios.
Num evento onde a estrela deveria ser o conhecimento compartilhado, o que salta aos olhos é o uso da hashtag oficial para… dar brindes. Tem coisa bacana? Tem. Só que… coisificou. Encontrar, compartilhar, aprender, crescer parece em segundo plano quando você lê o que rola.
Dá, sim, pra fazer tudo isso na Campus Party. Só que o ruído (literal e digital) é altíssimo. Quem realmente está lá pro que interessa (a mim) gasta uma energia gigante só pra manter o foco.
Sim, eu estarei por lá, como convidada. Porque o povo do Ônibus Hacker vai (e eu vou junto) e porque a queridona Gabi Butcher também vai (e eu vou ajudar). Só. Dois dias, quinta e sexta, só pra não perder a mania.
Não haverá LuluzinhaCamp flashmob.
Não haverá livestream do BlogBlogs – que o Manoel Lemos fez com tanto carinho para a primeira edição e depois virou musthave. Só pra sumir…
Os encontros, os afetos, os disparos terão que acontecer mais à frente, de outro lugar e em novos rumos.
Pro Aaron Swartz poder viver em todos nós, é preciso reinvenção.
Inclusive dos espaços de conversa.
Onde iremos? Essa decisão coletiva – e em geral inconsciente – será tomada mais à frente, quando realmente for necessária.