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01
dez
2007

Pipoca com Pimenta

[Este post ficou de molho por tempo demais. Publique-se]

Fui convidada para outro meme: Pipoca com Pimenta, criado pelo Márcio Pimenta e transmitido pelo Norberto Kawakami, do Escrita Torta

Agora a brincadeira é escolher filmes e falar sobre eles. Ah, bom…

BladeRunner (Riddley Scott, 1982)

Este denuncia a idade, mas quem está preocupada com isso? 😉 Assisti umas 8 vezes, no tempo em que DVD, HDTV e TV a cabo eram algo impensável e inexistente. A questão continua atual: o que nos faz humanos? Scott é um P* diretor, sempre levanta ótimas bolas. Ontem assisti outra produção dele (Um bom ano, com o Russell Crowe), que também é bem interessante.

Vídeo retirado do YouTube por violação de TOS

Matrix (1999, Andy & Larry Wachowski)

Era a véspera do bug do milênio. E eu saí do cinema – fui com o Márcio Ribeiro – aos pulos! Como eles conseguiram perceber e sintetizar tanto? Visões, insights, entusiasmo. Já reassisti muitas vezes (mais que Blade Runner, podes crer) e não fujo à reprise. Continuo sem saber, entretanto se é melhor usar a pílula vermelha ou a azul…

Eu participei, há algum tempo, do curso Amor, Clínica, Cinema e Subjetividade, da minha amiga Margaret Chillemi… Assistimos muitos filmes, todos importantes: Os Incompreendidos (1959, Truffaut); Esposamante (1977, Marco Vicário); Os Amantes de Pont-Neuf (1991, Leos Carax); O Filho da Noiva (2001, Juan José Campanella) e Fale com Ela (2002, Almodóvar). Fui revirar os arquivos do nosso grupo de discussão e reencontrei trechos de poemas, teses, blogs, citações de filósofos – Guattari, Deleuze.

Vontade de compartilhar dois trechos de Diálogos, de Deleuze e Parnet:

“Mas o que é, precisamente, um encontro com alguém que se ama? Será um encontro com alguém, ou com animais que vêm povoá-los, ou com idéias que os invadem, com movimentos que os comovem, som que os atravessam?”.

“À minha vontade abjeta de ser amado, substituirei uma potência de amar: não uma vontade absurda de amar qualquer um, qualquer coisa […]. Fazer um acontecimento, por menor que seja, a coisa mais delicada do mundo, o contrário de fazer um drama, ou uma história. Amar os que são assim: quando entram em um lugar, não são pessoas, caracteres ou sujeitos, é uma variação atmosférica, uma mudança de cor, uma molécula imperceptível, uma bruma, ou névoa”.

E, para fechar, o água com açúcar de onde extraí o título do blog: Sob o Sol da Toscana (2003, Audrey Wells)


Gostou? Quer entrar na roda? Fique à vontade!

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