A Norton Symantec apresentou, ontem os resultados da 4ª edição de sua pesquisa Norton Online Family – que faz parte do seu relatório de cibercrimes e está disponível na íntegra para quem quiser ver (clique no link).
Quem nos apresentou as conclusões foi Bruno Rossini, especialista de segurança da Norton Symantec. Eu fiquei passada a ferro de goma com diversos fatos:
Não, eu não estou mostrando as porcentagens – ainda. Tem algumas coisas que a gente precisa conversar e não são números.
Primeiro: se você não sabe o que fazer na internet – e como fazer de forma segura – morreu, playboy. Você, pai ou mãe, pode ter conseguido, mas seu filho não conseguirá viver sem saber isso. Então aprenda: para navegar é FUNDAMENTAL ter um firewall decente e um antivírus. E ninguém tem desculpa: há antivírus de graça que funcionam muito bem, se você não quiser comprar o pacote Norton – entre muitos outros. Eu uso ESET. Não, nenhum é perfeito 100% – mas a pílula anticoncepcional também não é.
Segundo: converse, sempre. Nada de proibir. Defina as regras de uso e faça a criançada cumprir. Eles avisam, sim, que driblam as regras. E, sim, navegam onde não deveriam. Portanto, crie regras claras. Você pode ficar x horas na internet todo dia. Podem estes sites (que devem ser definidos de acordo com a idade). Pode baixar arquivo assim e assado. E lembre das redes sociais: ensine aos seus filhos que estranhos são perigosos. Mesmo quando são amigos dos amigos. Se não conhece, não é pra adicionar. Ponto final.
Eu perguntei ao Bruno diretamente sobre as regras. É óbvio que os filhos podem burlar todas as regras: basta ir à lan house, usar o computador do amiguinho cujos pais não definem regras ou o celular… Portanto, seres pais, prestem atenção: o lance é conversar. Muito. Sempre. Só assim seu filho conseguirá tomar boas decisões usando seus próprios critérios.
Negócio é que eles, muitas vezes, aprendem a usar mouse antes do lápis. Eu não conheço muitas Ana Cláudia Bessa neste mundo – e vejam, eu conheço muitas mães blogueiras.
Vocês estão prontos pra ficar com os cabelos em pé? No Brasil, 79% das crianças tiveram as tais “experiências negativas”. A redução foi de 1% em relação a 2010. Detalhe: nos países desenvolvidos, apenas 57% das crianças têm estas experiências. São elas: baixar um vírus (45% das crianças brasileiras); cenas violentas em vídeos ou jogos (44%); tentativa de assédio em rede social (42%).
Notem que os números não são pequenos. Portanto, vamos às medidas que são necessárias:
Acho muito interessante que a empresa faça este tipo de estudo todos os anos. Eles pesquisaram crianças entre 8 e 15 anos, em todo o mundo, inclusive no Brasil.