Ontem de madrugada eu e mais uns 20 blogueiros assistimos à primeira pré-estréia do filme Nome Próprio. Alguns amigos tinham falado que o filme era fraco. Eu (por problemas pessoais) não consegui ir à Big Bonsai, produtora, para assistir antes. Na semana passada, achei ótimo. Iria em branco – com a dúvida: será que vou gostar?
Grudei na telona, naveguei na história e na loucura da Camila, notei uns defeitos graves (para mim – não sou especialista nisso) de fotografia e saí com gosto de “pelo amor de deus, eu preciso tomar uma cerveja”. Terminamos no Exquisito (sob protestos do Fugita, que na última vez que esteve lá, brigou) em duas mesas e de onde saiu uma opinião quase unânime: não gostamos.
Abaixo, trecho do texto que a Clarah mandou hoje um texto (que gostei) sobre o filme.
Esse filme não é meu. É a primeira coisa que declaro quando algum desavisado vem me dizer que “quer ver meu filme”. E é a primeira coisa que quero dizer aqui. Os livros, Máquina de Pinball e Vida de Gato, eles sim são meus. Neles eu mando, controlo tudo, invento o que quiser e deixo todo mundo pensando se aconteceu ou não – apesar de achar uma grande tolice esse negózdi ficar tentando descobrir o que foi e o que não foi. É arte, minha gente, é literatura, tudo se mistura na nova história que se cria quando o autor bota as idéias no papel. Quando eu boto as idéias no papel. Os outros autores eu não sei, jamais falaria por eles. Ou melhor, falo sim: tudo é baseado na vida. Não estritamente na vida, mas no fato de estarmos todos aqui e as coisas acontecerem em volta. Nos meus livros algumas passagens partem de um fato para desdobrarem-se em outros que nunca ocorreram, outras partem de fato algum para direto para a ficção e outros realmente aconteceram. Qual é qual não importa. A partir do momento em que está escrito, tudo e nada aconteceu. O que precisa acontecer é a leitura entregue.
(…….)
Esse filme não é meu, mas é claro que eu estou lá. E a minha Camila também, junto com outras pessoas, outras Camilas, tantas Camilas que existem por aí, junto com a direção de arte, com a trilha, com a fotografia. Este filme se chama Nome Próprio e tem sua vida própria, que não é minha, nem do diretor, nem de ninguém. É dele. E eu espero que vocês gostem.
A íntegra está no blog do filme, que fez a primeira parceria com o MySpace Brasil para divulgação, tem canais no YouTube e no Flickr, enfim, um lançamento conectado (o que não é necessariamente uma novidade, depois do Estômago).
Quem esteve no Exquisito?
André Marmora Rosa
MarcDoni
Eduardo Hoffman
Dani Koetz
Felipe Spina
Pedro Markun
Ana Carmen
Renato Targa
Fernando Mafra
Rafael Apocalypse
Alexandre Fugita
Marla
Guilherme Zaiden
Gustavo Jreige
No cinema:
Ian Black
Eric Messa
Zander Catta Preta
Jonny Ken e Amanda
Maira Begalli
(se eu esqueci alguém, vcs sabem para quê usar os comentários…)
[Update]
Zander fez um post bem legal lá no Um Livro por Semana…
Fernando Mafra e suas impressões ácidas
Está no ar o Flickr do Nome Próprio