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31
jan
2008

Jornalismo de boa cepa e on-line

Eu já ouvi o Luis Nassif tocar chorinho ao vivo, na sala da casa de um amigo. Tudo “culpa” de um amigo em comum, o finado Zé Grandão, que tanta falta faz nos jornalões da vida, dos quais ele já tinha se cansado há muito, muito, muito tempo atrás.
Hoje, via Bica, o maravilhoso, fiquei sabendo da campanha de Lord Nassif  contra a Veja. Fui ler, larguei Campus Party (tá fervendo), site que tinha que ir pro ar e fui ler. Ele explica que comprou briga com blogueiro da revista e conta a história de como a internet democratiza a vida (não é só a informação, nem a educação, desculpa, Luis). E quer ver se, na rede, conquista apoio, suporte e repercussão. Eu recomendo fortemente o apoio ao Nassif, via trackbacks, posts, comentários e, se for possível, passeata em frente ao túmulo de vidro lá na Marginal do Pinheiros, ao lado da estação Pinheiros da CPTM.

Cheguei à página Google que ele construiu. Aí sim, o negócio do jornalismo me caiu consciência pra dentro como um tsunami. Tive consciência do quanto é difícil a vida nesta profissão desgraçada que eu escolhi e adoro – embora pratique para poucos. Primeiro, Nassif é um herói de qualidade inegável – e que tem poucos pares, infelizmente. As suas conquistas, na minha opinião: ele criou e mantém (deve ter mais de 50, quase 60, fácil)  independência, qualidade e dignidade – através da Agência Dinheiro Vivo, onde distribui conteúdo de primeiríssima. Coisa raríssima. Segundo, é capaz, com seu jeito manso de mineiro, invocar a santa liberdade para peitar veículo que vende milhão de exemplares por semana neste Brasil analfabeto, burro e corrupto.

Ele sabe, ele viu nascer. Eu tenho orgulho descabido por gente como Luis Nassif existir e ser compatriota, colega (ô pretensão!). São guerreiros, profissionais, mantêm suas qualidades bem alinhavadas com os defeitos e seguem na vida distribuindo sua sabedoria sem reservas.

Eu levanto e aplaudo de pé o seu iG, com Caio Túlio Costa à frente e a maravilhosa equipe na base, que possibilita este tipo de manifestação.

E me alivia saber que a rede está aí e, a não ser que a gente viva na China ou em Myanmar e similares, há salvação. Sim, eu acredito na revolução pelos bytes. Aumentem a banda, por favor.

(um post para Bicarato, Jorge Rocha, Pollyana Ferrari e Ceila Santos. São companheiros, lutadores e heróis, também)

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Categorias:
jornalismo, web/blogosfera

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