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31
mar
2008

Hospitais ganham selo Verde em S. Paulo

A Secretaria de Estado da Saúde vai conceder aos hospitais da rede estadual que adotarem medidas para a preservação ambiental e otimização de recursos hídricos. A certificação será oferecida a cada ano às unidades que implantarem ações efetivas, tais como educação ambiental para a comunidade, plantio e reflorestamento do espaço do hospital e entorno, tratamento de efluentes, coleta seletiva de lixo e reciclagem.

Hoje, algumas unidades do Estado de S. Paulo já têm projetos verdes. Ao todo, a Secretaria diz que já foram recicladas 60 toneladas de papel, 5 milhões/m³ de esgoto hospitalar, não se usam mais aparelhos com mercúrio férrico, plantou 15 mil mudas de árvores, implantou a coleta seletiva em diversos hospitais.

Em Ribeirão Preto, o Hospital Psiquiátrico Santa Tereza está reflorestando com árvores nativas toda a área do hospital. “Pacientes e funcionários uniram-se no plantio de árvores e já conseguimos reflorestar 43 mil/m²”, explica a diretora do hospital Amábile Xavier. Ao todo foram plantadas 4.500 mudas de plantas nativas do cerrado.

Na capital, os bons exemplos vêm do Hospital Geral de Pirajussara e Hospital Geral de São Mateus. Ambos eliminaram todos os aparelhos que utilizavam mercúrio férrico, implantaram a coleta seletiva de lixo e adotaram atitudes pioneiras que alteram a cultura dos usuários das unidades hospitalares.

No Hospital Geral de São Mateus um concurso está em andamento com o tema “Quem recicla mais?”. Por causa do concurso, os diversos setores do hospital entraram na disputa para ver quem recicla mais papel. A ação é multidisciplinar e será avaliada pela equipe de limpeza. O objetivo é trazer a educação de uma maneira lúdica e, assim, tornar a reciclagem um hábito na unidade.

Do release:

Coleta Seletiva
Nos Hospitais estaduais de São Paulo e órgãos ligados a Secretaria de Estado de Saúde a coleta seletiva é realidade. Os hospitais, Geral de Guarulhos, Darcy Vargas, Centro de Vigilância Sanitária, Mandaqui, São Mateus, Padre Bento, Pirajussara e Cândido Fontoura são alguns dos exemplos que podem ser citados como experiências bem sucedidas de coleta de resíduos sólidos.

Como o consumidor tem grande responsabilidade na reciclagem de resíduos, os hospitais têm introduzido políticas que colaboram com o pensamento voltado ao meio-ambiente. O Hospital Geral de Pirajussara, por exemplo, treinou funcionários para atuar como vigilantes do meio-ambiente verificando como cada setor tem agido com o lixo e a separação dos recicláveis.

“Por meio dessa ação conseguimos verificar onde estavam as falhas de comunicação e atuar com maior precisão na mudança de hábitos dos usuários do hospital”, diz Maria Olívia Lenharo Nishidate, coordenadora do projeto de educação ambiental.

Utilização consciente da água

A água é um recurso de valor econômico e uso coletivo, que deve ser gerido de maneira a não provocar conflitos ou desequilíbrios. E é com este pensamento que os hospitais têm criados formas, não apenas de economizar os recursos hídricos, mas também de reciclar a água utilizada.

A Fundação para o Remédio Popular – Furp inaugura neste ano a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) com capacidade para processar 384 mil litros de esgoto por dia. “Adotar uma postura mais consciente e participativa com relação às questões ambientais é prioridade de qualquer empresa. Mas nós, que somos uma indústria voltada à saúde, temos uma responsabilidade ainda maior”, explica o superintendente da FURP, Ricardo Oliva.

Seguindo a mesma tendência e buscando minimizar os impactos causados ao meio ambiente, o Hospital Geral de Itaquaquecetuba construiu uma estação de tratamento de esgoto que já limpou 4,5 milhões de metros cúbicos de água.

A gente faz votos para que apareçam muitos hospitais verdes por aí.

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Categorias:
Brasil, ecologia, Rede Ecoblogs

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