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10
set
2010

Família, família: cachorro, gato, galinha [publieditorial]

xis - família pós almoço de domingão

Pedacinho da família: Caio, meu pai, eu (loira ainda) e o André

Contar história de família é ver um pedaço muito próximo de humanidade desfilar. Com todas as lições: a religião que você aprendeu (e talvez tenha escolhido não seguir); o jeito de colocar a mesa; a organização da festa; os enfeites da árvore de Natal que foram colecionados ao longo dos muitos anos e hoje são montados na árvore que veio da família do padrasto. Anotar as receitas, dividir aventuras, transmitir conhecimento. Um quebra-cabeças que inclui receitas tradicionais, alegrias e, claro, perdas. Porque quando vem chegando as crianças, acontece de os mais velhos não estarem de corpo presente – embora suas lições a gente transmita.

Mapear a família, as suas influências (genéticas e comportamentais) é algo que acho fascinante. Sempre achei. A minha família é do tipo muderno. Pai e mãe separaram com 24 anos de casamento nas costas. Os dois recasaram mais ou menos ao mesmo tempo, uns cinco anos depois, acho. Meu pai já enviuvou – e casou de novo com a fofa da Gilda. A minha mãe casou com o Danilo, meu paidrástico, fofo e generoso como ele só. Tenho dois irmãos, o Caio e o André. Nós três gostamos de coisas diferentes e parecidas. Somos capazes de ficar horas jogando no computador, adoramos ler e aprender. Só pra explicar: minha mãe é professora e meu pai, engenheiro, também adora dar aula.

Adoro esta música, dos Titãs. Sempre cantei com gosto. Divertida, retratava a minha família à perfeição. “Filha de família se não casa/ Papai mamãe não dão nenhum tostão”… Mas a grande história da minha família nunca foi casamento e sim as refeições. No dia a dia, nos aniversários, nas datas especiais. Cada refeição – café, almoço, jantar, ceia de natal – tem sua marca na memória e traz um sorriso aos lábios. Nos aniversários, natais e outras comemorações tradicionais a coisa ficava maior e havia o tal “serviço americano” com gente comendo pela casa toda. Pura farra, com agrupamentos ao sabor da idade, da saudade, da vontade de ficar junto.

Minha família é grande, sim. Só por parte do meu pai somos treze primos (irmãos), imaginem. Do lado materno, na última contagem, meu bisavô tinha mais de 300 descendentes! Com o tempo chegaram os cônjuges, as crianças – mas a tradição se mantem: nossas reuniões barulhentas e alegres, marcadas com as últimas novidades, temperada com os preconceitos e crenças. Pura diversão.

Em pleno século 21 tenho o prazer de conviver com a ala Tradição Família e Propriedade, que não aceita separações e as novidades da modernidade. É engraçadíssimo ver o século 18 conviver com o 21, acreditem. E também de ver cada um crescer e ganhar o mundo. É nestes encontros que descubro o que acontece com o primo que mora na Austrália e o que vive no Canadá. As atualizações incluem os mais próximos. Fico sabendo das viagens, os novos trabalhos, quem está grávida e amasso os bebês. Tem a prima formou em direito e virou personal stylist. E a prima que trabalha com cosméticos, namora com o moço que por pouco não morreu no acidente da TAM e mantem o seu blog lindo com amor e carinho.

Estamos alguns em rede, no Facebook, em blogs (sim, meu padrasto tem blog também), no Twitter. Mas o que nos une, mesmo, é a alegria de compartilhar os bons momentos em torno da mesa, em comemoração. Adoro!

Se você tem histórias engraçadas de família para contar, capriche. A Consul vai dar a linha completa Facilite (microondas, fogão, geladeira, máquina de lavar e aspirador de pó) para a melhor história de família que receber. Funciona assim: manda a sua história para o hotsite (leia o regulamento) e torça para estar entre os três finalistas (que já levam o aspirador de pó). Aí vem a votação – e as duas famílias mais votadas vão para o Rio de Janeiro, participar de uma gincana no Caldeirão do Huck.

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