Ladybug Brasil
Navegue
Foto: Agência Brasil
Marcelândia, em Mato Grosso, queimou com direito a destaque no Jornal Nacional. O Cerrado e a Amazônia sofrem com as queimadas, feitas exatamente na época da seca (julho/agosto), muitas vezes para preparar o solo. Eu confesso, falei um bem-feito com raiva quando vi a devastação do fogo lá no norte do Mato Grosso. Sei bem de onde vem este fogo: “preparação de solo”. Do jeito mais burro e arcaico possível. Tô radical? O número de queimadas aumentou 85% este ano em relação a 2009. Adiantou a gente ter protegido melhor as nossas florestas do desmatamento?
Não vão vocês pensando que a questão é problema do Norte. Não é. É cultura, é falta de educação, é descaso. Acontece logo ali, no interior de São Paulo, quando os canaviais queimam. O pior de tudo? A EMBRAPA tem tecnologia alternativa disponível, online, para quem quiser usar. E, pior, a maior vítima é a Amazônia Legal. Os danos ao solo não são os únicos: a transmissão de energia, segurança nas estradas e saúde das populações são afetadas. Nem estou contando – e se deve – o que isso causa à fauna. Aos humanos, causadores deste inferno, desejo cinzas.
Infelizmente não será o caso. Já, já chegam as chuvas, os homens plantarão e, ano que vem, em agosto novamente teremos manchetes anunciando as queimadas – sem falar das causas, sem contar os porquês e sem questionar nenhuma “autoridade” sobre o assunto.
Com a palavra o IPAM:
A queimada amazônica é a maior fonte de emissão de CO2 do Brasil, contribuindo para o efeito estufa e, consequentemente, para o desequilíbrio do clima da Terra. Por outro lado, as mudanças climáticas, em épocas de estiagem na Amazônia, propiciam condições ambientais ainda mais favoráveis à ação do fogo, pois aceleram a conversão da floresta tropical em um ecossistema mais pobre e seco, resultando em enormes emissões de dióxido de carbono ao longo do processo.
