Ladybug Brasil
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Neste domingo se comemora o Dia Mundial sem Carro. Um dia para experimentar a vida de outro jeito: fora da jaula do automóvel, a gente reconquista a cidadania. Sente se existem calçadas, árvores, enxerga outras pessoas, convive com a cidade como ela é.
No público, a tal Semana da Mobilidade – que começou no dia 18 de setembro e tem eventos até a próxima semana. Os principais acontecem sábado e domingo, com a Virada esportiva, o Vaga Viva e a restrição de circulação de carros em alguns lugares de Sampa.
O importante, no caso, não está na pauta oficial, publicada pela CET-SP (aqui: http://www.cetsp.com.br/consultas/semana-da-mobilidade-2013/programacao.aspx).
Segundo o código brasileiro de trânsito, o pedestre tem que ter preferência. Sempre. E não é isso o que testemunhamos no dia a dia das ruas e na engenharia da cidade. Sinais de trânsito (aka faróis em sampa) são programados para dar “fluidez ao trânsito”. Botões de travessia não funcionam – quando existem, você tem que apertar MILHÕES de vezes e o sinal só muda quando é o tempo do carro. Calçadas são o lixo da cidade, cheias de problemas. [Não que não existam no asfalto, mas isso é assunto pra outra hora].
Carro respeitar a faixa de pedestre ou o sinal de travessia? Sorte (ou fiscal à vista).
Fico imaginando como será a vida de pedestre quando estiver velhinha e não tiver tanta agilidade… Porque hoje, se marcar bobeira, não dou conta de atravessar a Paulista de um lado pro outro num só sinal.
Tá feia a coisa e não é só para quem tem carro. Até quando a gente vai viver assim, sem qualidade alguma?
Foto: Ivan Pavlov, Shutterstock – Avenida Paulista
