Imagem: Human Right, por riacale no Flickr
Enquanto o Sam Cyrous propõe blogagem coletiva (ano passado foram 98 blogs em língua portuguesa na roda), a TV Cultura mostra todas as suas armas interativas e dá um passinho à frente.
Para levantar a lebre dos direitos humanos, o site tem vídeos com os apresentadores contando todos os artigos, blog, programação especial, integração com o twitter, eventos, acervo. Vale navegar por lá sem pressa.
Uma pequena reflexão
Hoje é o aniversário de 60 anos da Declaração mais esquecida – e assinada por quase todas as nações deste planeta Azul. Esquecida porque grande parte da população terráquea não tem direito sequer ao primeiro artigo. Que dirá a todos os 30.
Eu gosto de pensar coisas pequeninas – porque acredito que pequenas mudanças fazem grandes diferenças. então vou ficar só no primeiro artigo e comentar a minha cidade:
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Livres na medida do tamanho do bolso, iguais desde que desconsideradas as diferenças e fraternas quem sabe nos templos religiosos. Vejam que eu disse quem sabe. A gente espezinha a fraternidade na direção dos carros em S. Paulo todos os dias. Então eu sonho o seguinte, inspirada pela Declaração:
[modo sonhador on]
Nesta semana de dezembro todos os motoristas paulistanos respeitarão as leis, os semáforos e as faixas de pedestre. Esquecerão a pressa em casa e seguirão em paz rumo a seus trabalhos, cuidando do entorno e dirigindo com atenção, sem usar seus celulares. Darão passagem a seus semelhantes – não importa sua origem: coletivos, nacionais, importados. Lembrarão que os mais fracos merecem proteção e cuidarão de pedestres, motoqueiros e bicicletas.
Nós, motoristas de S. Paulo vamos dar uma lição de paz e fraternidade ao mundo. Lembraremos que as ruas são, na verdade, de todos e partilharemos nosso espaço comunitário sem violência.
[modo sonhador off]
Sonha, Joaninha, sonha. Vamos usar este sonho delirante para uma coisa? Lembremos que os direitos humanos fazem parte de todos os nossos dias e ações, o ano inteiro. E fazer pequenas ações de humanidade.