Pra não deixar o Jorge falando sozinho (a gente se apóia nas brigas, sim), a lembrança: hoje é dia de Blog for Choice.
Sim, eu sou a favor do aborto. Não, eu não acho que é remédio. E por que é importante a gente lutar por isso? Para reduzir a desigualdade – os ricos, no Brasil, sempre se safam. Para aumentar a qualidade de vida das mulheres. Para parar com o massacre materno-infantil. Queres números? Segundo as estimativas do Ministério da Saúde são realizados, todos os anos, 1,4 milhão de abortos no Brasil. Ilegalmente. Criminosamente. A grande maioria de forma irresponsável e perigosa à saúde.
E mais: vamos começar a investir (mais, por favor) em educação e prevenção? A situação da saúde (pública) da mulher está um caco nos postos de saúde. Vocês falam que tem pílula. É, tem, baratinha até. O que não tem é médico pra ver se está tudo bem com a pobre que é envenenada por hormônio. O que não tem é alternativa para a mulher pobre que não quer/não pode tomar o tal remédio (que às vezes, vamos lembrar, é de farinha). O que não tem é jeito da machaiada irresponsável fazer vasectomia – mais barata, rápida e muito menos perigosa que a ligadura de trompas…
Em tempo: eu estou, sim, meio brava hoje. Já já passa…