O Greenpeace está de campanha nova. Uma corrente pelo desmatamento zero na Amazônia. Como joaninhas são seres sensíveis e adoram mato, eu já fui lá encher o saco do Lula. Explico: quando sobrevoei o Pará e o Amazonas, em 1992, a bordo dos velhos Tucanos da Esquadrilha da Fumaça, eu vi o que se faz com a mata. A gente via, a 200/300 metros de altura, as verdadeiras clareiras surgindo na floresta, e os fiozinhos de fumaça. Ação humana. Quinze anos depois, através dos velhos jornais e revistas, sei que a situação só fez piorar.
Conhecida como pulmão do mundo, a nossa floresta precisa ser preservada. E frente à pressão do biocombustível, que já tomou as terras de São Paulo (o interior virou um canavial só, é impressionante), acho muito improvável que a Amazônia resista. As imagens de satélite estão aí, ano a ano, mostrando o avanço das áreas vermelhas.
Há pressão internacional, o Brasil faz discurso verde – e a gente conhece bem como funciona a burocracia tupiniquim: por fora bela viola, por dentro pão bolorento. E já que estamos na era do digital, vambora lá, dar um abração neste pedaço de Brasil – que também é nosso.
via O Escriba