Na semana passada tive diversas experiências inspiradoras. Aí veio o resfriado e uma alergia chata e, em vez de me deixar prostrar, resolvi escrever sobre as coisas que me inspiraram. Quem sabe serve para vocês também?
Encontrei, já nem lembro como, um vídeo do Christopher “moot” Poole, o fundador do 4chan, no TED. Era claro: ele veio ao Brasil para o YouPix (infelizmente não pude estar por lá) e é um exemplo. Antes de seguir, o vídeo…
Christopher Poole, o moot, fundou o 4chan com 15 anos. Se o site hoje é um dinossauro, como ele diz, também é fonte de um tanto de libertação. Uma inspiração para os dias de ataque que vivemos.
É velho, de 2010. Apesar do “aumento de responsabilidade” – hoje o 4chan tem 20 milhões de usuários, contra os 770 milhões da época da fala no TED -, algumas questões permanecem e se aprofundam. A saber:
A internet crua, sem filtro ou moderação morreu? Não, não vou responder. Até porque na minha comunidade, faço questão de moderar e interferir… O Brasil tem seus fóruns próprios? Precisa ter?
Existem caldeirões de cultura aqui no Brasil? O 4chan gestou e colocou no mundo, além dos memes como LOLCat e RickRoll, o Anonymous. Por enquanto só consigo pensar o seguinte: ecologias como estas tendem a alimentar a alma e produzir diferença. Coisa que é cada vez mais fundamental num planeta que tende à homogeneidade – para o bem e para o mal. Onde estão os nossos caldeirões? Ou a gente só vive de usar a panela alheia?
Precisamos de vozes assim? Esta eu (acho que) sei responder: SIM! É diferente e, portanto, merece acolhida e proteção.
Recomendo, aos que lêem inglês, acessar a página do TED e ler os comentários ao vídeo por lá. Filosofia internética de primeira linha.
Para quem quiser mais sobre a passagem do moço pelo Brasil, entrevistinha com Alexandre Mathias e Rafael Cabral, do Link.