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08
dez
2007

Compras de natal on-line: perigo à vista?

Ontem no fim da tarde, enquanto o céu desabava em Sampa – e eu esperava dar uma aliviada para ir a dois compromissos -, ouvi no rádio o resultado do teste do comércio on-line, feito pela Associação Pro Teste.

Eles escolheram 34 sites e, segundo os critérios, apenas três (Americanas, FastShop e Tok&Stok) são bons… AFE! A gente sabe que consumidor no Brasil é tratado como cachorro sem dono ou gente sem teto. Basta dar uma olhada no oráculo para ver o tanto de reclamações não atendidas e respostas absurdas que a gente escuta de lojas, prestadores de serviços, telefônicas, tevê a cabo… a lista não acaba nunca. Esta pesquisa prova, portanto, a minha teoria: o digimundo é um espelho do mundo aqui fora. Nem mais nem menos.

O que me chamou a atenção, no rádio, nem foi isso. Foi a recomendação de evitar mecanismos de comparação de preços! Detalhe: a primeira dica é comparar preços! Qual o problema com o JáCotei, o Buscapé ou qualquer outra ferramenta de comparação? Mais que isso: no momento em que a blogosfera está tão cheia de projetos, em expansão – usando, principalmente, os sites de comparação como principal fonte de financiamento – qual o impacto disto?

Como a velha rata de internet que, confessa, adora comprar on-line, ficam algumas dicas:

  • Não clique em pop-ups de sites desconhecidos. Aliás, esta vale para mais que compras. Regra de segurança: Não clique. Olhe.
  • Só compre em lojas seguras, recomendadas e reconhecidas. Se ficar em dúvida, faça uma busca para procurar reclamações – uma boa googlada resolve a questão rápido.
  • Antes de comprar, informe-se sobre a garantia do produto.
  • Não informe seus dados financeiros ao primeiro site que achar. Confira se é seguro. O jeito mais fácil de fazer isso? Olhe na barra de navegação (o lugar onde você escreve o site) e veja se o endereço começa com https://.
  • Compras em sites estrangeiros variam com o dólar (não é exatamente um problema em tempos de queda, mas tudo muda) e podem estar sujeita a impostos de importação. Informe-se.
  • Só compre em lojas que fornecem suas informações (razão social, CNPJ, endereço, telefone…).
  • O pagamento por boleto bancário permite que você não informe os dados on-line. Você pode imprimi-lo e pagar no banco.
  • Prefira pagar com o cartão de crédito. É mais fácil cancelar e estornar a compra. Jamais faça pagamento por depósito bancário ou reembolso postal. Se não receber, vai ficar no prejuízo.
  • Imprima todas as etapas do pedido, para poder reclamar se chegar algo errado ou mesmo se alguma promoção não for cumprida (compre isso e leve aquilo).
  • Quando a encomenda chegar, confira o produto, a nota fiscal, o manual de instruções, o certificado de garantia.

Segundo o Procon-SP há apenas 7 reclamações referentes a compras on-line no órgão de defesa do consumidor. Mas isso não quer dizer nada, porque por lá, o que vale é a questão e não o meio de compra.

Neste Natal, fique de olho. E, sempre é bom lembrar: nem na web vale a pena deixar para a última hora. De todo jeito, por aqui os descontos são bons, a mercadoria vale à pena e é fácil, fácil comprar.

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