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02
jul
2008

Como fazer um site – para qualquer fim

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Eu trabalhei dois anos no portal do Desabafo de Mãe. Vi o bichinho nascer, parar para redesenho/reprogramação, voltar. Fiz mil planos que acabaram não rolando por lá, uma pena mesmo. Acho um projeto lindo, iluminado e tenho muito carinho por ele. Minha participação continua, em outros termos.

E hoje tive oportunidade de ler a bagunça que a Ceila teima em continuar fazendo lá no seu blog. Fazer um site para que as pessoas se expressem não requer tanta confusão assim. Nem este tanto de dinheiro. Eu construí um site muito do bacaninha com 1/4 do dinheiro (hospedagem fora, ok?). Já que a moça teima em não escutar a Joaninha, vamos aos pontos:

  1. Escolha seu foco – e trabalhe nele. Não disperse, não tente reinventar a roda.
  2. Faça um plano de negócios. Se você ainda não lê inglês, peça tradução aos seus colaboradores. Cerque-se das melhores referências para desenvolver com saúde o seu plano.
  3. Você não precisa entender de design, arquitetura de informação, programação ou tecnologia para construir um bom site. Precisa, isso sim, saber deixar claro o que quer/precisa.
  4. Nada de modelo clássico de briefing, por favor (tm Zander): “eu queria um site super moderno, interativo, dinâmico, com vídeos, música, fotos e comunidade. o problema é o orçamento: duas mariolas e um chicabom”.
  5. Você não precisa entender tudo a fundo mas pode saber que existe OpenSocial, blue print, montanhas de CMSs à sua disposição. Qual o melhor? Todos e nenhum. Escolha o que te serve bem em conjunto com o programador da sua confiança/escolha, use e faça o seu trabalho. Se nenhum resolver, construa o seu, já consciente que terá seus defeitos, limites e indicações.
  6. Escolha uma boa hospedagem, que te dê suporte e permita colocar o projeto no ar.
  7. O que faz a vida na internet é gente e não a plataforma. As URL’s são os nós onde esta gente se encontra. Então o que é importante não é o que e sim quem usa. Escute seu público, atenda, responda. Invista seu tempo em relacionamento com estas pessoas, ajude-as no seu dia-a-dia, transmita informação.
  8. Não imagine nada além do seu negócio. Aprenda o que precisa saber. É SEO? Leia o Bruno Alves; para Arquitetura de Informação, o Revolução Etc. Há uma uma infinidade de ótimos blogs nacionais. Se quiser puder tem montanhas de material em inglês, do lindo e ótimo A List Apart ao Web Designer Wall, sem falar em 37 Signals e suas ótimas ferramentas para implementar projetos – muitas gratuitas, inclusive.
  9. Se leu um livro e resenhou, use. Conectado é sem sombra de dúvida o melhor conteúdo de referência sobre web do mercado nacional. Se você não consegue aprender com o Juliano, que manda super bem em comunidade, vai aprender com quem?

Sim, eu fiquei irritadíssima com o post citado. Primeiro porque é o espelho de uma jornalista perdida, confusa, que parou de escutar. Segundo porque ali não tem uma citação de blog, um único link decente. Terceiro porque já perdi (agora está provado) montanhas do meu tempo no Gtalk, no Skype e ao vivo explicando estes e outros detalhes e, obviamente, não tive o menor sucesso.

Achar que sistema define tudo e não produzir é um bom caminho pro fim do mundo. De confusões como esta, está cheio o cemitério de projetos. E não quero ver o Desabafo morrer. Embora, confesso, ache o fim da picada deixar os homens fora da jogada e investir pesadamente só em uma ponta da equação. Tenho provas nos meus companheiros do blog do Desabafo e no blog do Roberto Faria, que achei hoje, falando da chegada do seu primeiro bebê e da experiência da gravidez. Estou rachando o bico!

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