De um colega que se manteve anônimo, via [vagasjornalismo]
Envio essa mensagem com o objetivo de alertar os jornalistas que fazem parte do grupo sobre o desrespeito e a falta de ética com que a Diretoria do Hoje Jornal, com sedes em Mauá e São Bernardo, no ABC, trata seus funcionários. Depois de constantes atrasos no pagamento dos jornalistas, e funcionários das diversas áreas do veículo (como motoristas, recepcionistas, seguranças, motoqueiros para entrega dos jornais, entre outros), alguns profissionais — que restaram após dezenas de demissões sem recisão contratual — decidiram abandonar seus postos de trabalho no dia 12 deste mês, data em que o jornal parou de circular em ambas as cidades. Foram quase dois meses sem receber os salários ou qualquer outro benefício. Isto é, os
profissionais pagaram do próprio bolso a condução e a alimentação na tentativa de receber.
A questão é que alguns anúncios sobre possíveis novas vagas já estão circulando em sites de empregos e no orkut, para que a Diretoria consiga reunir um novo grupo de profissionais e dar andamento em seu projeto de exploração (ou na verdade quase escravidão, pois os grupo
pagou do próprio bolso as passagens e a alimentação durante dois meses) da categoria.
Na verdade, o drama das quase 200 pessoas que prestaram serviços ao longo dos seis meses em que o jornal circulou teve início em agosto, com os atrasos salariais, a falta de estrutura e a intransigência da Diretoria, que sequer aceitou negociações com o grupo via sindicato.
Os vários episódios foram, inclusive, alvo de reportagens publicadas no site e no boletim Unidade do Sindicato dos Jornalistas e de notas e matérias do Comunique-se e Jornalistas e Cia, que colocará no ar uma nova reportagem nesta quarta-feira, relatanto os últimos
acontecimentos.
O apelo que faço aos colegas é para que não sejam iludidos, para que não acreditem nas promessas e muito menos no projeto. Precisamos nos unir e divulgar esses fatos para impedir que essas pessoas de má fé se utilizem da falta de informação ou da necessidade provocada pela
falta de postos de trabalho para continuar se aproveitando da nossa categoria.