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16
jun
2009

Campanha para cadastro de doadores de medula óssea no ar

Começou a Semana Municipal de Incentivo à Doação de Medula Óssea. A ação, que termina no dia 21/06, é realizada pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, a Associação da Medula Óssea de São Paulo (AMEO) e o Hemocentro da Santa Casa de São Paulo.

A Lei nº. 14.154, de 10 de maio de 2006, de autoria da vereadora Soninha, delimita, na cidade de São Paulo, a Semana Municipal de Incentivo à Doação de Medula Óssea. A Secretaria Municipal da Saúde, Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), Associação da Medula Óssea de São Paulo (AMEO) e o Hemocentro da Santa Casa de São Paulo concentram esforços para divulgar a importância da doação, oferecendo à comunidade informações sobre a importância e os procedimentos relacionados a doação voluntária.

Para participar da campanha é necessário fazer um cadastro. O doador precisa ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. Em São Paulo o único local da cidade apto a realizar o cadastro dos doadores é o Hemocentro da Santa Casa de São Paulo (Rua Marquês de Itu, 579 – Vila Buarque).

O cadastro consiste no preenchimento de uma ficha de identificação (é necessário o número RG e CPF) e na coleta de sangue para o teste de compatibilidade (tipagem HLA). Os dados do doador e a tipagem HLA serão cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Quando aparecer um paciente com a medula compatível com a do doador (a) ele (a) será chamado.

Neste caso, serão necessários novos testes sanguíneos para a confirmação da compatibilidade. Caso ela seja confirmada, o doador será consultado para decidir a doação e então passará por uma avaliação de seu estado de saúde.

Compatibilidade

Segundo o Redome, o grande problema na doação é a necessidade de 100% de compatibilidade da medula óssea entre o doador e o receptor. A chance de encontrar uma medula compatível no registro brasileiro é em média 1 em 100 mil. Um irmão ou familiar HLA compatível (antígenos leucocitários de histocompatibilidade) é considerado o melhor doador, mas de 25% a 30% dos pacientes não encontram a solução na família.

Como é feita a doação de Medula Óssea

Existem três formas de doar as células-tronco hematopoéticas ou células progenitoras (chamadas também de células-mãe) da medula óssea. A primeira relaciona-se à coleta das células diretamente de dentro da medula óssea (nos ossos da bacia), a outra por filtração de células-mãe que passam pelas veias (aférese). Outra fonte de células-tronco é sangue do cordão umbilical e placentário.

A punção é realizada com agulha especial e seringa na região da bacia, de onde é retirada a quantidade de medula (tutano do osso) equivalente à uma bolsa de sangue. O doador é anestesiado para não sentir dor, procedimento que dura em média 60 minutos. A sensação do doador é semelhante a uma queda ou uma injeção oleosa, com duração de dois a quatorze dias. Não é uma cirurgia, por isso não tem cortes ou pontos. O doador fica em observação por um dia no hospital.

No caso da coleta feita pela veia, o procedimento é realizado pela máquina de aférese. O doador recebe um medicamento por cinco dias que estimula a multiplicação das células-mãe, que migram da medula para as veias e são filtradas. O procedimento dura em média quatro horas, quando se obtém o número adequado de células. O efeito colateral mais frequente causado pela medicação é dor no corpo semelhante a uma gripe.

Já em relação ao sangue do cordão umbilical e da placenta, as células-tronco circulam no sangue do feto assim como no corpo das crianças e dos adultos. Na circulação do feto, a concentração e o potencial da formação de células-tronco nas células do sangue é ainda melhor do que as do sangue dos adultos. Em vez de ser descartado, o sangue pode ser cuidadosamente drenado para um recipiente plástico esterilizado. A suspensão com as células-tronco poderá ser congelada e utilizada para um transplante numa data posterior.

Cabe ao médico decidir sobre qual a melhor forma de coleta de células, dependendo da doença e da fase em que se encontra o paciente. A reconstituição da medula óssea será rápida para o doador, que possui medula sadia e bom estado de saúde. O doador pode doar medula novamente – em casos raros e especiais há compatibilidade com outra pessoa.

Serviço:

Hemocentro da Santa Casa de São Paulo

Rua Marquês de Itu, 579 – Vila Buarque – São Paulo/SP
De segunda à sexta das 7h às 18h e no sábado, 7h as 15h.
Mais informações: (11) 2176-7000 ramal 7249

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Categorias:
Brasil, saúde

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