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07
ago
2007

Blogagem coletiva: Semana Mundial da Amamentação

Afe! Tem dia que é noite. E hoje é dia-noite de blogagem coletiva…
Respire fundo, conte até dez e publique, dona Joana.
A convocação veio da Denise Arcoverde, do Síndrome de Estocolmo. É lá que você vai encontrar a mulherada blogando muito sobre amamentação.
Eu, aqui, vou de entrevistinha.
Semana passada, já em plena semana da amamentação (vai de 1o. a 8 de agosto), começaram a chegar as informações. E acabei encontrando um viés absolutamente novo para mim: o que acontece com o sexo entre o casal quando o leite desce?
Quando começa o parto, começa o leite. Tudo porque a ocitocina – hormônio responsável pelas contrações e pelo orgasmo – é importante para a descida do leite. E depois que o bebê vem à luz, faz-se o milagre. Primeiro em forma de colostro, depois no leite propriamente dito. Basta cair o nível dos hormônios que sustentavam a placenta para que a prolactina (o hormônio do leite) faça tudo funcionar.
Leite desce, bebê está bem, a família comemora. Tudo deu certo e todos voltam para casa que tem uma nova estrela: o bebê. Os olhos da mãe não desgrudam do pacotinho. E o pai (em geral) está lá, importantíssimo, dando suporte para este par magnífico seguir em frente.
O que pouca gente sabe, e a psicóloga e sexóloga Eliane Alabe Pádua me explicou é que a prolactina é pura anulação de libido. Enquanto a mulherada fica linda, bonita e feliz amamentando o bebê, não tem o menor interesse em sexo. Graças a isso, ela olha o seu filho com todo o amor do planeta, se encanta, se apaixona.
E o marido, a vida, o sexo? Ah, por um tempo… fica de lado. Há mais que o leite envolvido. Há relações humanas, estas conexões delicadas que pedem toda a atenção – e o lugar preferido de aderência para preconceitos, silêncios, idealizações.
Hora delicada, que pede maturidade e presença – de todos os adultos envolvidos. Não dá pra generalizar “os homens …”, mas esta é a hora do perigo, também. Porque muitas vezes eles silenciam o ciúmes (sim, pai pode ter ciúme de filho mamando); o desconforto; a falta que sente da companheira – tantas vezes lindona.
Há outras questões em torno da amamentação. O seio além de fonte de alimento (pelos seis meses ou dois anos, seja o que for possível), também é zona erógena. E às vezes a aproximação tão íntima destas duas facetas dá um megacurtocircuito nas emoções da mãe-mulher.
O que a especialista confirma é o de sempre: fazer por fazer, sem prestar atenção aos efeitos do fazer em si mesmo costuma dar grandes confusões. Conselho? (Se for bom, clica nos anúncios) conversem. Conversando sobre sexo durante a amamentação com uma amiga, veio a confissão “ah, mas é desagradável peito vazando leite”. Claro que o casal não parou de se curtir por conta do pequeno detalhe. Mas que precisou conversar, ah, não tenham a menor dúvida.

[jabá] Tem Samantha num quase-desabafo lá no Blog do Desabafo.
Tem desabafo de Samantha lá no Desabafo de Mãe [/jabá]
Referência nova para mim: Projeto Amamentação, da Unesp de Rio Claro… não está completo, mas é bacana
Grupo Origem (18 anos de apoio à amamentação) fez o Amamentação On-line. Esta é a grande referência. Tem absolutamente tudo o que você precisa ou quer saber sobre aleitamento. Eles têm até um grupo virtual, que funciona no Orkut, para apoiar as mamães.
Imagem do Flickr da Superlori

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