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16
mar
2011

Banda larga: artigo de primeira necessidade e escasso no Brasil

Esqueça a propaganda. Enquanto as empresas seguem caçando assinantes com promessas de banda larga das mais diversas amplitudes a preços bem decentes, quem tem o serviço não consegue receber. Aqui no Albergue da Joaninha, desde agosto de 2008, existe um plano B. Há três anos quem salva de verdade é a TIM, que não oferece banda larga, mas tem plano de dados ilimitados no celular…

Imagine a situação: sou profissional autônoma e vivo de internet. Produzo conteúdo, aulas, eventos. Internet, para mim, é como ar: fica difícil viver sem. É a minha companheira não só de trabalho, mas também na esbórnia.

A primeira epopéia vocês acompanharam aqui. Desde o dia 1º de março, os problemas voltaram. Desta vez, é outro fornecedor, mas é a mesma coisa: abre visita, técnico vem, troço funciona por dez minutos e para. Não desejo esta tortura nem para os meus piores inimigos. Fato é que internet de qualidade não existe no Brasil.

Esta semana, o Procon-SP divulgou a lista das empresas mais reclamadas por lá. Imaginem vocês que eu nunca reclamei no Procon do serviço prestado. Deveria? No Procon, na Anatel, no IDEC, no Reclame Aqui. Antes de jogar as pedras vamos reunir evidências:

  1. Você contrata eletricidade e fica sem luz uma vez por mês?
  2. O seu telefone pode ficar mudo impunemente?
  3. A internet pode ficar sem sinal a todo instante?

Afinal, o fato do Virtua (antes) e o Ajato (agora) não entregarem o que prometem é coisa recorrente. Um dos meus vizinhos tem problema com o Virtua por conta do roteador de wi-fi. Sem comentários…

Hoje passei o dia acompanhando o técnico, depois de 10 dias sem internet. E, entre um teste e outro, conversamos muito. Segundo ele, que atende a galera aqui nos Jardins há oito anos, não tem uma única que preste. Até do Speedy Xtreme (que vem a bordo da fibra ótica) ele falou mal. Ele jura que também existem sabotagens… O técnico do Virtua vem atender chamado aqui e detona a conexão do Ajato. Isso sem contar as equipes dentro da mesma empresa fazendo o velho jogo do “empurra”: a rede externa fala que é dentro e vice-versa. Como uma não mexe no latifúndio da outra, quem perde é exatamente quem paga a conta: nós.

De boa? Me arrependo amargamente de não ter mudado deste país quando devia – há uns 20 anos. Melhoramos muito neste tempo – naquele tempo, só pra lembrar, linha telefônica não existia e custava uma fortuna. Falta mesmo é a gente conseguir o passaporte de cidadão aqui dentro. Da internet que não funciona à insegurança geral e irrestrita, o fato é o mesmo: quem paga a conta não importa.

A solução? Reclamar e brigar até o fim. Quem clicar no link verá a quantas andam as reclamações – que atingem quase todas as “empresas” que fornecem banda larga. Haja paciência.

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