Na semana passada fiquei sem fôlego na fila E do Auditório Ibirapuera, ao lado da minha nova amiga Lina Rothman (não, ela não tem blog nem site – ainda…) assistindo o Festival de Cordas Nova Camerata, graças ao @penas que ofereceu ingressos no Twitter…
O Auditório é confortável, agradável, som e luz perfeitos, todo mundo parece feliz. Ok, ok, sete violões no palco. Os melhores do Brasil. Juntos pela primeira vez Alessandro Penezzi, Fábio Zanon, Marcello Gonçalves, Marco Pereira, Rogério Caetano, Yamandu Costa, Zé Paulo Becker contaram a história do violão em “Só embola se der mole” (link para o vídeo no YouTube). Feito pra ser um instrumento de acompanhamento, o violão tomou conta da obra de arte de Oscar Niemeyer e fez da platéia um lugar de sorrisos e alegria.
Hoje à noite, voltei. Novamente me candidatei às entradas que o Pena oferecia no Twitter. De novo com Lina, queria muito ver e ouvir o Tributo a Elizeth Cardoso feito por Fabiana Cozza. Participação especial de Luizinho 7 Cordas…
Primeiro susto: nossas cadeiras estavam ocupadas pelo Sérgio Mamberti e alguém que não reconheci. Uau… achei dois lugares na mesma fila em outro canto e dei o caso por resolvido.
Segundo: ao meu lado, apesar do pedido expresso para a gente não fotografar ou filmar, um moço tira o N95 do bolso – enquanto eu twittava, confesso – e filma algumas músicas.
Depois foi a vez de Fabiana e Luizinho embalaram meu bloco de anotações:
Ai, coisa boa! ouvir samba de raiz, ver uma mulher cheia de curvas, generosa (o remédio é tocar), simplesmente tomada pela música. É sensacional ter um “templo” com ingressos a preços razoáveis, absolutamente aconchegante em sua brancura e vermelhidão, um palco democrático instalado sobre uma escola de música onde crianças e adolescentes convivem com o melhor que o Brasil tem.
É sensacional o supervisor deste lugar maravilhoso, um produtor mais que reconhecido da música brasileira aparecer em zeros e uns no twitter convidando todos os cidadãos presentes em Sampa para assistir…
Fabiana e Luizinho mandam do palco: outra rua/outro bar/outra rua/outra mão/ (…)/ jamais meu violão me abandonará…
Depois do show, em que todo mundo cantou junto Barracão de Zinco, Lina soltou: That’s so fucking good! (Não, a Lina não fala português – ainda). Eu rachei o bico e quando as luzes acenderam, perguntei ao vizinho (André) se o vídeo estaria no YouTube… “Não. Não tenho autorização para isso, eu gravo e deixo na minha máquina, para ver e escutar quando dá vontade”, me disse o moço.
Fomos aos camarins para agradecer ao Pena. No caminho Lina resmungou dos olhos – a mulher americana que conhece muito bem Ásia, Europa e África e já passou várias vezes pelo Brasil ficou sem piscar durante o show inteiro, para prejuízo de suas lentes de contato, que quase estavam pulando fora de tanta secura.
Lá embaixo, entre as lindas instalações da escola de música, muitos amigos e fãs se juntavam para ver a Diva Fabiana, tirar fotos (confira algumas no meu flickr) e conversar. E a gente terminou a noite conhecendo o ótimo humor de Luizinho 7 Cordas que, para brincar com a Lina, chamou o Obama de Brahma…
Quer participar desta roda? Siga o Pena! A vida fica bem mais leve com um lindo show por semana. E se você ler este post ainda hoje, domingão de Páscoa (12/04/09), corra que dá tempo. A Fabiana se apresenta de novo às 19h, no Auditório do Ibirapuera.
Deixo vocês com a beleza e potência de uma mulher-cantora sensacional: Fabiana Cozza