Conforme avança sua adoção e uso, a vida digital mostra suas falhas – e garras. Em abril, a gente viveu a questão do Heartbleed (que deixou as senhas vulneráveis nos serviços que usam o OpenSSL – tipo assim quase toda a web). Na semana passada, foi a vez do iCloud deixar escapar fotos de diversas famosas – imediatamente postadas e espalhadas, com efeitos devastadores.
Quem, como eu, usa WordPress instalado para gerenciar seus conteúdos sabe bem do número de horas bunda investidas em atualizações, investigações e leitura – tudo para garantir a segurança do nosso conteúdo online. A tal da computação, agora presente em todo canto, tem disso – exatamente como as ruas do nosso Brasil-il-il.
Segurança começa com um conjunto de atitudes. E ninguém se dá o tempo necessário para aprender e experimentar. Afinal de contas, a sua vida já está no smartphone ou tablet, os seus computadores (sejam notes ou desktops) já estão grudados na internet e o mundo “ruge” pra você fazer tudo rapidinho, né? Só que existe um detalhe:
Como você vai se proteger se não tem ideia de onde está ou do que está fazendo?
Do começo: todos os sistemas têm falhas – e os mais populares estão em teste constante de força e segurança para se manter em pé. Mais que isso: a máxima de que tudo é possível de medir (e acompanhar na web) é fundadora.
Exemplozinho rápido, retirado dos meus artigos guardados: http://meiobit.com/273104/hackers-2-milhoes-senhas-roubadas-facebook-gmail-twitter/ – Sim, “hackers” publicaram 2 milhões de senhas roubadas em serviços considerados “seguros”. [Notícia velha, diga-se, de dezembro de 2013. De lá para cá, já houve muitos outros vazamentos semelhantes]. Eu não concordo com esta definição de hackers, mas isso é história pra outro post. (quer uma prévia, leia este que escrevi depois de ouvir o Kevin Mitnick: https://ladybugbrazil.com/2010/01/na-campus-partydia-1/ )
A atitude segura: verificar o endereço do remetente do e-mail e para qual site o link vai (conferir se é o mesmo que está escrito) são coisas raras. E, conforme mais gente aprende, mais os golpes mudam: existe um alerta da ESET (fabricante do meu antivírus) para avisar que anúncios em sites legítimos também estão sendo crackeados e usados a favor do crime.
As defesas, sempre:
Agora vamos ao pedaço onde eu também me enrolo: as senhas. O verbo correto é enrolava. Até que venci as minhas barreiras internas e fui atrás de um programa que gerenciasse minhas senhas. Sim, minha gente, eles existem e salvam a vida. Eu optei pelo LastPass, versão gratuita (só no navegador) e tô feliz.
Como funciona? Você cria a sua conta lá no site e instala plug-in nos navegadores. A partir deste momento, com uma senha principal, você acessa todas as suas senhas. O programa identifica os sites, salva as senhas (e endereços), preenche formulários automaticamente e recebe anotações suas e tem um gerador de senhas embutido.
Eu comecei a usar logo depois do Heartbleed, exatamente para trocar todas as muitas senhas que tenho espalhadas pela web. E foi a melhor coisa que fiz – funciona bem, não trava a navegação e garante a segurança.
E você, como garante a segurança online?
Foto: Security, Petr Kopka, Shutterstock,