A desgraça dos animais nunca tem fim… sexta-feira me ligou a amiga de um amigo. O problema: surgiu um pitbull na porta de sua loja, no Alto da Boa Vista, em S. Paulo. A boa mulher se compadeceu do pobre animal, machucado e aparentemente com sarna, deu-lhe comida e um pouco de água. Perdeu suas clientes por dois dias seguidos, o bicho estranhou a sua filha…
Ela sabe o que aconteceria se convocasse o órgão público responsável (CCZ) e buscava orientação – aka, ajuda para encaminhar o bicho para longe da porta de seu ganha-pão.
E lá fui eu atrás de alguma informação. De novo, a Angela Caruso, do Quintal de S. Francisco, me atendeu no final do expediente de sexta, com o maior carinho. E eu quase caí da cadeira! Os pitbulls estão sendo abandonados. No abrigo do Quintal, já são seis. A situação se repete entre todos os que têm abrigos: os bichões vão ficar lá, em canis separados, até morrer, dando despesa e sem ninguém ajudar. Fala sério!
Aos que vão para a rua, o destino será triste: ou bem a morte no CCZ ou bem confinamento em canis – e já não há mais vagas.
As razões são claras, segundo Ângela: desconhecimento da raça e irresponsabilidade. A solução para o abandonadão? Arranjar um quintal, numa casa sem outros animais (eles detestam), alguém que tenha paciência e cautela para cuidar do bichão. Ele vai precisar de cuidado, treinamento e socialização… A amiga do amigo está em busca até amanhã, pelo bem das finanças familiares. Depois…
Em tempo: conheço de perto dois “pitbestas”. Sig e Tora são ótimos companheiros de brincadeira! Mas seus donos são homens maravilhosos.