Emily Canto Nunes é uma pessoa que entra na cota “culpa do Ghedin”. Sim, senhoras e senhores, o culpado por eu começar a prestar muita atenção à Emily foi o Rodrigo Ghedin, do Manual do Usuário (e falecido Gemind, que amava fazer).
Emily é uma das muitas mulheres que conheço “de longe”. São mulheres cujo trabalho acompanho, apoio, sou torcedora – mas conheço de longe mesmo. Há muitas nesta categoria – e acreditem, todas merecem admiração e promovem alegrias internas.
Depois de fazer muita matéria de tecnologia e ajudar o Ghedin com o Manual – talvez ao mesmo tempo – a Emily se juntou com outras mulheres e lançou o Ada. Sim, foi amor à primeira vista, porque esta pessoa sempre ADORA qualquer projeto cujo foco são mulheres.
Com vocês
Profissão e idade
Jornalista de formação, mas também uma produtora de conteúdo que flerta com o marketing [ reparem que a pessoa não contou a idade, mas tudo bem, né?]
Quais são seus projetos mais queridos?
Eu já tive muitos projetos. Alguns ameaçaram sair da gaveta, outros continuam lá e outros sucumbiram ao tempo. Mais recente me convidei para o projeto de duas amigas, porque desde que ele nasceu eu tinha um certo carinho por ele. Trata-se do Ada, um site de tecnologia feito sob uma ótica feminina que tem o objetivo de aproximar as mulheres desse universo e de empodera-las. Depois de me desapegar de muitos outros, o Ada virou o único projeto paralelo que realmente toco porque quero fazer ele acontecer junto com as minhas sócias, Diana Assennato e Natasha Madov.
O que você faz na internet?
Eu faço tudo na internet. Sou uma pessoa muito online, do tipo que não desliga o celular nem para dormir. Eu comecei jornalismo com a internet ao meu dispor e desde então não larguei mais. Amo a democratização do conhecimento que a internet trouxe e por isso meu trabalho é na internet. Tento manter uma vida offline, é claro, especialmente no que diz respeito aos meus relacionamentos pessoais, mas não abro mão da internet.
Qual é o seu maior sonho? (podem ser vários)
Meu maior sonho é ver mais mulheres dominando o universo da tecnologia tanto quanto homens, e não apenas no fazer, mas no consumo. Que produtos e serviços sejam feitos para nós também e que quando meus sobrinhos forem adultos, eu sou tia de um menino e de uma menina, essa diferença de gênero não exista mais. Eu sou uma mulher privilegiada, mas sempre menos do que a maioria dos homens.
Qual a sua maior decepção?
O jornalismo. O quanto o jornalismo se esvaziou porque não entendeu que era preciso melhorar seu fazer, sua comunicação com os leitores e acompanhar as mudanças tecnológicas e mercadológicas.
Quais as suas redes preferidas e por que?
Instagram, sou praticamente viciada porque tem vida. As pessoas se movimentam nos stories e compartilham coisas bonitas no Feed. E o Twitter porque ainda é a mais informativa das redes sociais, com uma lógica própria que funciona para muita gente.
@cantonunes em todos os lugares
Emily@ada.vc
Foto: Ada.vc