Hoje é o dia de Blog for Choice (blog pela escolha). A onda nasce nos Estados Unidos, mas não faria nenhum mal ser acolhida pelas mulheres brasileiras. Escolher ter (ou não) um filho é direito inalienável de toda mulher. Aqui no Brasil, ou elas se previnem ou estão condenadas ao crime, pois legalmente, não existe a alternativa do aborto. Mas no posto de saúde, só camisinha ou pílula. Quem quiser outro método contraceptivo, que trate de reclamar com o bispo.
Aliás, é mesmo por conta dos bispos que o aborto é proibido. A maioria católica, que nem é tão praticante assim, condena centenas de mulheres sem assistência às clínicas e práticas ilegais que tanto prejudicam a saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 20 milhões dos 46 milhões de abortos realizados todo ano são realizados de forma ilegal, em péssimas condições. Resultado: 80 mil mulheres morrem por conta de infecções, hemorragias, danos uterinos e dos efeitos tóxicos das substâncias usadas.
Vamos combinar: ninguém faz aborto por prazer. Esta decisão é dolorosa, mas quando chegamos a ela, é a melhor para o momento. Sem as feministas, a mulherada estaria perdida. São estes grupos que organizam encontros e seguem lutando pelo nosso direito. Segundo o Center for Reprodutive Rights, hoje, apenas 40,5% da populaçào mundial pode decidir se quer ou não seguir com uma gravidez-surpresa. Se a gente não se envolver e participar, tudo continua como está. E aí, não adianta reclamar do bispo, né?
Fiquei sabendo do Blog Pro-Choice Day no blog da Denise Arcoverde, o Sindrome de Estocolmo. Ela escreve com a sabedoria de quem milita há muito em favor das mulheres – pela amamentação, parto normal e outras questões. Seu texto de hoje conta um pouco da história do aborto. Vale a visita
[Atualização 02:21] O Síndrome de Estocolmo ferveu. As visitantes estão no maior conversê sobre aborto de um jeito gentil e bacana. Lembrem de ler os comentários.