Em segurança – assim como na saúde – a gente tende a achar que o problema nunca vai acontecer com a gente. Até que acontece. Estas dicas de segurança são bem básicas e valem para tudo. Se você pretende continuar seguro, crie o hábito de desconfiar e se proteger. [Se você faz na vida, repita na internet]
As pessoas clicam em links sem ao menos saber sua procedência, especialmente quando fazem alguma referência a desastres naturais ou acontecimentos de interesse geral. Ao clicar sobre eles, os usuários são redirecionados para sites com o objetivo de roubar credenciais – em uma página banco ou ong, por exemplo – ou um ataque realizado por meio de downloads, para injetar malwares no computador.
Antes de clicar verifique se a fonte é confiável – e caso o link esteja encurtado use o checkshorturl.com.
Claro que criar senhas seguras é difícil. Pior: a gente cria e esquece. Pior ainda: anotamos em algum documento guardado no computador (que pode ser capturado em caso de invasão ou vírus)!! Eu tenho uma receita: use os “cofres de senhas”. Desde o LastPass ao Keepass há várias opções confiáveis para sua comodidade. Melhor: eles têm geradores de senhas que facilitam muito a criação de senhas seguras.
Nunca esqueça de cuidar bem do seu wifi, câmera ou qualquer outro equipamento que se conecte à internet. Sem senhas seguras – e criadas por você – eles são vulneráveis a invasões.
Você tem blog e não atualiza o CMS? Tá errado! Tem sistema operacional e não atualiza? Tá erradíssimo! Atualizar seus programas – gratuitos ou pagos – é fundamental para evitar problemas. Lembrem que no ano passado, o Heartbleed – uma falha de criptografia SSL –, permitiu que o tráfego de milhões de usuários ficasse exposto. Se o desenvolvedor melhorou o programa, faça um favor à sua vida: atualize o software.
Vale para o seu smartphone, vale para outros arquivos que a gente baixa na internet: sempre que você está fugindo do “oficial”, corre risco de ganhar de brinde um vírus, cavalo de troia ou coisa pior (porque se a gente melhora a vida para o bem, melhora para o mal duas vezes mais rápido). Ou bem você se conforma com os oficiais ou faz um curso intensivo de como se proteger quando há muito risco no ambiente.
Em casa, use um firewall e uma senha forte (os roteadores vêm com usuário e senha padrão – admin/admin – que qualquer ser humano inteligente invade). Em lugares onde a rede é aberta, CUIDADO. Alguns seres do mal podem, sim, interceptar a sua navegação. Então nada de entrar no banco, digitar a senha do GMail ou passar por outros sites que pedem sua senha (inclusive e principalmente, o seu cofre de senhas, se usar).
Existe uma prática chamada Man in the Middle, em que o cracker* se disfarça de ponto de wifi e registra absolutamente tudo o que você fez. Outro jeito de enganar pessoas é oferecer uma “atualização” (digamos, do Firefox ou do Chrome). Você faz e, pimba!, ganha de brinde um programa pronto para te roubar.
O fato óbvio? “Os golpistas conseguem identificar facilmente as fragilidades das pessoas, a fim de realizarem suas atividades fraudulentas”, afirma Camillo Di Jorge, da ESET do Brasil. Portanto, sempre alerta!
Via: We live security
*cracker é diferente de hacker. Cracker é o cara do mal, que usa programas e/ou engenharia social para te prejudicar. Os hackers são especialistas em segurança que testam falhas e mexem em sistemas para fazerem algo que não estava previsto.
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