Hoje a Bia Granja, essa fofa, escreveu um post enorme sobre “o que aconteceu com a blogosfera brasileira” – do qual tomei conhecimento através das redes sociais. Achei uma história honesta que transmite o ponto de vista da Bia Granja.
Como eu, várias outras pessoas do universo são personagens e testemunhas dessa história. Fiquei chocada MESMO quando vi a foto da capa (essa aí em cima), em que estou presente. Como assim, morri e ninguém me avisou? Ô Bia, estamos aqui!
Da foto: Rosana Hermann continua blogando, escrevendo, fazendo vídeo (tudo o que sempre fez às maravilhas); eu continuo aqui e no LuluzinhaCamp; Netto anda blogando só quando chove bolo, mas não matou nenhum dos seus domínios; Mobilon fez o Tecnoblog virar uma potência, que emprega muitas pessoas e vive à base de publicidade; Cardoso segue o ser humano que sempre foi: genial, controverso, escrevendo bem pra caramba e presentíssimo na internet; Tato Tarcan continua na batalha; Nick Ellis COMPROU o Meio Bit e ainda mantém o Digital Drops e o Blog de Brinquedo; Phillipe idem (até comentou lá no post); Lalai além de blog, tem uma agência; Eric Messa, além de blog é professor da FAAP; Bruna Calheiros mudou de mala e cuia pra NY (se salvou da crise de abastecimento) e continua a escrever. Quem “saiu” da roda são uns três ou quatro, a saber: Veri Serpa (grande perda), Jonny Ken Itaya (se bem que Infoblog ainda estava no ar a última vez que chequei), Milena (nossa amada @meninaquejoga). Acho que até o Gui Cury continua na roda – eu não acompanhava então, não acompanho hoje.
UPDATE: Faltou gente, né? Jeff Paiva está na ativa também!!! (manda link bonitón, porque a última coisa que vi foi um tumblr e já não lembro a URL)
Fato é que blogueiro “famoso” virou artigo escasso no mercado. Aliás, de qual mercado? Porque não há (nunca houve) uma blogosfera brasileira. Há blogosferas. E este plural é tão infinito quanto a humanidade, saibam. Há blogs de decoração, moda, beleza, saúde, ciência, cozinha/gastronomia, fotografia, putaria, pornografia. De todo jeito, continuamos com um belíssimo contingente de pessoas que segue na internet, produzindo informação da boa, construindo audiência, fazendo negócios – e vivendo de ser blogueiro/a.
Numa conversa, o Mobilon levantou um outro ponto fundamental: quem disse que o objetivo de blogueiro é ser famoso? Somos veículos de mídia, com outra linguagem e postura. E somos a multidão.
Os YouTubers estão aí? Estão. E ganharam visibilidade, vamos combinar, por conta do tio Obama, que convidou três deles para uma entrevista lá no Salão Oval. Só que produzir um canal no YT não é fácil – escrever, como lembrou o Mobilon, é muito mais fácil: você não precisa atuar, não precisa saber editar, não precisa de equipamentos. O conteúdo também é outro: o que cabe no texto, muitas vezes não cabe no vídeo.
Eu adoro, o Cid, ele é um figura. Mas ele não é resistência. Ele é o popular da sala, o cara engraçado e que soube transformar isso em negócio – e tenho vários amigos queridos que estão lá no condomínio com ele. Temos vários outros blogueiros na resistência, inclusive alguns deles estão nesta foto aí.
Se a história é falar de blogs profissionais, há MUITOS em operação. Empregam gente e vivem de publicidade. E, pasme, Bia, eles crescem todos os anos.
update 2: mais repercussões sobre esta história:
Ghedin e o Manual do Usuário: Blogs estão com os dias contados? Velho debate, mesma resposta.
Manoel Netto fez chover bolo no Tecnocracia: Nós somos a resistência
André Rosa (aka Marmota): O que vai ser da blogosfera brasileira?
Simone Miletic: A blogosfera morreu, viva a blogosfera – um texto sobre um texto sobre um texto
JON: A opinião da blogosfera sobre o que aconteceu com a blogosfera
xCake Metablog: As blogosferas brasileiras vão bem, obrigada
Aline Valek: Meu blog é um dinossauro que se recusa a virar fóssil – não é resposta, mas este é um texto que diz várias coisas que são muito importantes para mim também.