Numa festa de aniversário de um amigo em comum, ele me cantou. Disse que era o Tio do X-Tudo. Em comum a gente tinha a Fundação Padre Anchieta, o cinema, alguns amigos. Marcio é generoso, gentil, querido. Inteligente, inteligente, inteligente. Coisa rara na minha vida: ex-namorado, virou amigo. [Sim, eu gosto de homens gordos, #me julguem]
Foi quem me apresentou ao stand-up, há muito, muito tempo atrás. Foi quem me apresentou Dani Calabresa, um tal de Danilo Gentili (aproveito e uso foto antiga dele com a tropa, que inclui o Fabio Rabin). Marcio era rápido no gatilho. Sim, eu ajudei com algumas internetices… todas devidamente transferidas, há não muito, tempo pra filhota querida dele (que eu também amo).
Estava feliz e contente com a Ju, que parece ser uma figura. E, do alto dos seus 49, foi. Depois de estrear show novo no último fim de semana. Nem consegui ir ao teatro. Depois de chorar um tanto, de deixar o coração afundar na falta, de lembrar histórias e me colocar às ordens da querida filha, que quero colocar no colo e embalar muito, me joguei no YouTube.
Para quem não conheceu o Marcio, recomendo assistir à sua última entrevista, ao Danilo Gentili, no Agora é Tarde. Este era o Márcio. Eu fico aqui, depois de sobreviver – como ele sobreviveu a alguns infartos e vários outros problemas graves de saúde – sentindo falta do seu abraço generoso, quente, longo e cheio de luz. E da sacanagem, claro, porque ele era rápido e surpreendente.
Fica a lição de ser inteligente, continuar trabalhando e produzindo. De cuidar da vida da melhor maneira possível, com paz, de olho no bem comum. Convoco todo mundo que conviveu com o Marcio e conhece bem a sua carreira a ajudar a editar a sua biografia na Wikipedia e manter seu divertido legado disponível.
Vai pra luz, Gordo!