11
mar
2013

Dia da Mulher: saúde pra todas

Eu e várias blogueiras fomos convidadas, semana passada, a uma visita a Brasília. Na pauta, um bate papo com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha (que tem um twitter ótimo, vale seguir) e a visita à Carreta da Mulher, um programa do Distrito Federal para fazer mais exames nos lugares distantes.

A visita desmistificou vários engodos de que somos vítimas – e que são reforçados pelo esquema montado pela indústria da saúde:

1. Não, a gente não precisa fazer Papanicolau (o preventivo de câncer de colo de útero) todo ano. O recomendado é a cada 3 anos se a gente não tem indicação (aka caso na família ou lesão no colo do útero). Idem para ultrassons transvaginais e outros incômodos.
2. Mamografia, sim. Só depois dos 40 anos.
3. Mais importante que exames: comer bem, fazer exercício sempre, dormir bem, não fumar, menos álcool.

[Fizemos um post no LuluzinhaCamp sobre isso, bastante interessante. Recomendo a leitura: http://www.luluzinhacamp.com/cancer-de-mama-e-as-indicacoes-de-cuidados/ ]

No hangout, transmitido para todo mundo ao vivo (aí embaixo), ele falou do programa Saúde da Mulher – que acontece o tempo todo –, respondeu a perguntas nossas e de internautas.

Acho que é importante a gente começar a entender melhor como funciona a saúde pública no Brasil. Temos acesso (e direitos) que foram garantidos pela Constituição de 88, mas não prestamos atenção à forma como ela funciona. A responsabilidade da Saúde, na ponta do cidadão é do município e dos Estados. O Ministério cria os planos, organiza ações, distribui recursos. E isso tem que chegar a nós no posto de saúde – mais conhecido como UBS (Unidade Básica de Saúde).

Além da Ouvidoria do Ministério e do Disque Saúde (o 136), o sistema é formado por Conselhos de Saúde (municipais e estaduais), dos quais fazem parte representantes de usuários do SUS, dos prestadores de serviço, dos gestores e dos profissionais de saúde. É aí que a gente tem que pressionar pela melhora do serviço (também), além de saber onde gritar para ter o que precisa.

Outra coisa importante que descobri: o Ministério investe pesado para manter os profissionais de saúde atualizados. Na sua biblioteca estão disponíveis (para psicólogos, enfermeiros, médicos e outros profissionais da área), publicações, consensos e pesquisas.

Mais: durante a conversa, achei interessantíssimo o Ministro dizer que “desafia os laboratórios”. No melhor sentido: para produzir vacinas contra HPV em dose única e transferir tecnologia para o Brasil, instalando fábricas aqui. 😀

Último recado importante mulherada: sexo só com camisinha. A gente distrai, sim, ninguém é perfeita. E a camisinha evita centenas de questões de saúde. Das malditas doenças sexuais a câncer de colo de útero (cujo causador é o HPV, o primo pobre do HIV, que infecta milhares todos os anos).

Vivam bem, vivam sempre. Com saúde é melhor!

 

Fotos: ASCOM/Ministério da Saúde – CC-BY-NC-SA

P.S.1: o Ministério lançou o selo Blog Amigo da Saúde. O projeto é bacana: agregar os nossos textos de saúde embaixo do selinho (uma categoria identificada por imagem). Tem termo de uso e quetais. Vale outro post – em breve, aqui na toca da joaninha, ok?

P.S. 2: Este post faz parte do Meme de Março, uma iniciativa das interneteiras do LuluzinhaCamp, que tem como única intenção, a diversão. Porque somos blogueiras e adoramos blogar, simples assim. Se você tem blog, corre para participar, clique aqui e saiba mais.

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Postado por:

Lucia Freitas

Categorias:

mulher, saúde