Para quem não sabe, eu ensino. Acho que isso começou quando a minha mãe voltou a assumir seu lado professora. Eu tinha 14. Meu pai também tem sua veia professoral. Meu padrasto também é professor. Meu irmão Caio também. Sim, a gente gosta de ajudar pessoas a aprender. Não é genético, acho.
Comecei durante a faculdade, ajudando alunos em dificuldade com aulas particulares de biologia, química, física – muito antes da internet. Caí pro Jornalismo, fiquei nas redações onde pude ajudar muitos focas a seguirem carreira e quando vim pra internet descobri que muita gente quer aprender coisas de internet.
Como faz blog? Como usar as redes sociais para… (complete com o que quiser)… Qual o melhor programa? Como posso compartilhar o documento/foto/arquivo? As perguntas, infinitas, sempre chegam.
Depois de um coaching para me ajudar a definir meus rumos profissionais, juntei aquela experiência anterior, de ensinar olho no olho, com as coisas que aprendi com a Regina Favre no Laboratório do Processo Formativo, com as lições da minha querida Iara Araújo, com as práticas de ioga e meditação. Fui misturando…
Começou com o blog coaching – o processo de ajudar uma pessoa a criar e manter o seu blog ou site. Aí a Lili Ferrari me indicou para dar aulas lá na Escola São Paulo. E comecei a jornada de tentar transmitir o que sei a grupos maiores, saindo do um a um.
Ensinar? Não. Eu mostro, demonstro o que é possível, instigo descobertas – ou morro tentando. E confio na imaginação e habilidade de cada um para produzir do seu jeito. Porque não tenho o menor dom pra fazer linha de montagem de robôs. Eu confio na humanidade com suas melhores ferramentas de invenção, embora todos os dias enfrente o fato de que a maioria tenta uma saída fácil, uma receita pronta, o mesmo resultado que viu em outro canto.
Talvez seja por conta da idade. Quando há crianças, as vejo aprendendo brincando, sem grandes medos de errar ou quebrar. O pequeno pirulito, inclusive, adora ver as coisas desmontando… A gente dá boas gargalhadas com pilhas que despencam.
E o meu prazer em ensinar é exatamente ver o brilho nos olhos de quem consegue descobrir o prazer de desmontar, errar, testar. Combinar e recombinar até ficar satisfeito com o resultado.
Exemplos bem-sucedidos?
Letícia Massula, aka Cozinha da Matilde. A Lets trabalhou comigo um pouquinho, aprendeu um tantão, seguiu sozinha e eu fiquei só no camarote a ver o blog evoluir. Ela mantém lá muitas preciosidades, o espaço é delícia e produz surpresas ótimas.
A Dea Crivellari, que faz joias lindas de viver, veio aqui, aprendeu tudo o que queria e hoje mantém lá o seu espacinho com todo amor, carinho e delicadeza.
A própria Regina, professora minha, é minha aprendiz muitas vezes: no redesenho do site, que já fizemos 4 vezes, até achar o jeito quase perfeito; no uso de ferramentas; na lida permanente de descobrir como ser mais eficiente na internet e na vida. É das clientes mais criativas, inventivas. Desafia a inventar algo que ainda não existe.
Não, ninguém virou problogger – nem era isso que desejavam. A ideia é construir espaços próprios de autopublicação, construção de identidade e divulgação de trabalhos que, muitas vezes, acontecem fora da rede. Porque esta é uma das grandes graças da internet (para mim): unir tudo, fazer ligações e nós que tornam possíveis pequenas mudanças – que se fazem grandes ao longo do processo, seja por acumulação, seja por transformação mesmo.
E todo mundo continua a consultar: qual o curso de SEO? E onde aprendo a escrever para internet? E eu vou indicando as coisas que conheço, que descubro, que os amigos indicam (meus amigos sabem um monte).
Para onde vai tudo isso? Ainda não sei. Continuo à disposição para compartilhar conhecimento e descobertas. Aqui, nas timelines e ao vivo.