Com serifa ou sem serifa? Os risquinhos embaixo das letras, diziam na faculdade, ajudam a ler (principalmente textos longos). E dá-lhe Times New Roman, Geórgia, Garamond, Courrier… Em tempos de processador de texto – mais conhecido como Word – qualquer mortal sabe que existem fontes.
E hoje descubro que a Helvetica vai completar 50 anos de vida. Você sabe o quanto esta fonte está na sua vida?
Helvética foi criada por Max Miedinger e Eduard Hoffmann em 1957 para a Haas Type Foundry, de Münchenstein, na Suíça. No final dos anos 50, o mundo do design europeu revivia as fontes sem serifa. Diretor da Haas, Hoffmann convidou Miedinger, um antigo funcionário que então era freelancer, para desenhar e atualizar uma fonte sem serifa para o seu portfólio. O resultado foi batizado como Neue Haas Grotesk. O novo nome (inspirado no nome latino da Suíça, Helvetia), chegou quando a tonte começou a ser vendida pelas parceiras alemãs Stempel e Linotype.
Lançada em meio a uma grande onda de popularidade do design suíço, a Helvética foi transformada em hype por agências que vendiam este desing aos seus clientes. Não demorou para aparecer logotipos, sinalização, impressos e uma infinidade de outros usos. A inclusão da fonte em sistemas de computador, como fez a Apple em 1984, apenas aumentou a sua popularidade.
Para comemorar o aniversário, prêmio e documentário. O site Linotype, revendedor oficial, promove concurso , aberto para designers do mundo todo: criar um pôster com a fonte. Prêmios que somam 15 mil euros prometem atrair bons trabalhos. O prazo final é 4 de outubro e cada profissional pode inscrever quantos trabalhos quiser…
Enquanto isso, no cinema, a fonte batiza e é fio condutor para um documentário, que conta a história da tipologia (ou será tipografia?), design gráfico e cultura visual. Será que chegará ao Brasil?