E descobri que um haitiano, engenheiro civil da Georgia Tech, o Reginald Desroches, voltou ao país logo depois do terremoto para avaliar o que poderia ser feito para ajudar na reconstrução – que ainda não recomeçou, mais de ano depois da tragédia. Especializado em engenharia ambiental, o dr. Desroches se espantou ao descobrir que o concreto produzido no lugar desmanchava fácil. E fez estudos com o material que levaram a uma descoberta que pode ser bem usada: ao misturar duas xícaras dos destroços com água e cimento, o resultado é um concreto de ótima qualidade.
Com milhares de metros cúbicos de escombros, Porto Príncipe tem hoje o desafio duplo de limpar a área e reconstruir a cidade – aliás, o país. Com a solução do dr. Desroches, o problema fica resolvido. Difícil mesmo é conseguir parar o surto de cólera, que já matou mais de 4 mil pessoas. Sem contar que há mais de 800 mil pessoas em campos de refugiados, que recebem ajuda das entidades do mundo inteiro.
Está provado: reciclagem é mesmo a salvação.
Vou ali procurar notícias da Serra do Rio e já volto.