Vou pular, de propósito o dia 28 (dia 3) do Campus Party. O relato do dia 4 está lá no LuluzinhaCamp. Ele voltará ao Ladybug de outra forma, quando eu for falar do Lessig especificamente. Então vamos fechar neste mal traçado post a cobertura da Campus Party 2010. Sabadão, último dia. Quem já foi sabe: cansaço, voz caindo pelas tabelas e a gente extrai da alma as últimas gotas para encontrar mais pessoas, ouvir mais palestras, participar de debates.
Sábado sempre é dia complexo, porque a área de exposição costuma lotar de paraquedistas. Com o novo layout deste ano, a coisa ficou bem mais fácil – embora o ônibus entre o metrô e o Centro Imigrantes fique bem mais lotado. Cheguei com a palestra do Agni sobre CSS já começada. Quase não chego lá. Na mesa da área de blogs, um dos debatedores do painel “A globalização do universo dos blogs” dizia que os brasileiros são individualistas e não estão nem aí para as questões públicas, não assumem seu papel cidadão. A amizade – e a vontade de refrescar um tanto a memória – falaram mais alto e fui para a oficina de design. O resultado, para mim, valeu: aprendi uns dois ou três macetes que não conhecia e uma ferramenta que será utilíssima no futuro, que ainda não tinha instalado: o colorzilla, uma extensão para Firefox que te conta qual é a cor hexadecimal. Yeah! [dica de Joaninha: visitem o link do moço. Há três palestras muito boas que fez durante a CParty disponíveis por lá]
O próximo tópico na minha programação era o debate “Blogs, mídias sociais e políticas” – um dos poucos que assisti no CampusBlog. Na mesa Jorge Cordeiro, pelo Blog do Planalto, Rodrigo Martins, da Prefeitura de S. Paulo; Pedro Markun, nosso ativista preferido e Moriael Paiva, da Talk. O mediador foi o Pedro Dória, do Estadão.
O que a memória salvou para vocês:
Continuo incomodada. Enquanto a gente não conseguir o tal do voto distrital – e nossos representantes nos reconhecerem como “seus eleitores” – estamos perdidos. O deputado Martins confirma. Tem jeito de resolvermos isso na base da revolução do sofá? Talvez. E acho que está na hora do brasileiro acordar para a vida: sem representação política decente, perdemos nosso voto – principalmente nas instancias legislativas, que é onde temos as maiores dificuldades. Será que eu vejo isso mudar na minha vida? Veremos.
Passei o resto do dia – este painel terminou às 17h30 passeando pela arena, conversando com conhecidos, conhecendo novas pessoas.
Esta foi, pessoalmente, a melhor edição da CampusParty. Sem estresse, sem correria, com calma e paciência. Cumpri cada desejo meu, sem dizer que assistir à palestra do Lessig foi uma das maiores inspirações que já tive. Além do barulho, incomodou a falta de mais alternativas decentes de alimentação na área de exposição – gente, nerds/geeks também comem!