Ok, perdi o debate sobre mobilidade, onde o Nick Ellis estava… culpa do transfer que demorou. E todo mundo que já estava na Campus Party soube da história, porque reclamei no twitter. Se internet é uma rede de pessoas, este é o lugar de encontrá-las – haja abraço, sorriso, energia. E hoje, especialmente, é dia de pensar como Hacker, agir diferente, explorar novos caminhos estar com outras tribos,às quais também pertenço. A grande história hoje para mim estava no CampusForum, que discutiu o Marco Civil durante toda a tarde de hoje.
Estruturalmente, muito mudou, embora as reclamações continuem as mesmas: a simultaneidade, com os sons de vários palcos ao mesmo tempo, tem efeito atordoante em alguns seres biológicos dentro desta Arena. Diga-se que a infra-estrutura ficou melhor: outra disposição de palcos, mesas, estandes internos, além da novidade: sofás e pufes com pontos deinternet e energia, onde a gente se livra do desconforto das mesas baixinhas ecadeiras péssimas.
Velhos amigos reencontrados, decidi ficar no CampusForum e acompanhar o final da conversa sobre o culturadigital.br, como José Murilo e o Rodrigo Savazoni. O que fica do pouco que escutei: o governo e as políticas públicasprecisam ir além dasquestões deinclusão – que se misturam à desigualdade que atravessa o Brasil – e atingir nossa infra-estrutura. Isso fica claro quando o governo Federal reconhece que o serviço de banda larga é um direito fundamental do cidadão. E esta questão deve atravessar também a aprovação do Marco Civil, que foi discutida durante a tarde – e confesso que perdi.
Kevin Mitnick, depois de anos de cadeia, virou autor consagrado e consultor de segurança, veja bem. Sua hora de palestra realmente parou a arena. Cheguei cedo e consegui um lugar bacana logo na segunda fileira, atrás da Gisele. Como definiu bem o @samadeu, o Hacker entrou como astro de Hollywood, com direito a trailer bem-feito, e mostrou a todos como a engenharia social e alguns conhecimentos básicos conseguem extorquir dados e código fonte de seres humanos. O efeito deste encontro, foi a sensação de que se defender dos ataques não é tão difícil – e exige aquilo que realmente esquecemos: dizer não!
As lições básicas que aprendi:
Adorei a lista que o Mitnick apresentou de como nós, humanos, permitimos que todo o aparato tecnológico de segurança falhe redondamente:
Acho que este tema terá que voltar ao Ladybug. Em breve, com mais tempo, farei isso.
foto: Kevin Mitnick, por Manoel Netto, em CC