Dia 6 de junho de 2009 em cinco seis cantos do Brasil, nós, mulheres, vamos nos encontrar ao vivo e a cores em mais um #LuluzinhaCamp para mais uma rodada de abraços, sorrisos, sorteios, comidas gostosas e muita risada. A Srta. Bia escreveu o melhor post de todos os tempos sobre o evento.
Neste instante escuto um jazz mansinho by BudhaBar… mas me vem à mente a letra de “ainda lembro”, cantada pela Marisa Monte. O LuluzinhaCamp é um evento tão especial que eu tenho um orgulho danado da minha filhota – que nem tem um ano ainda. Filhos crescem rápido, vocês estão sabendo? Nunca vou esquecer do apoio da Zel e da Denize, hipermegamaster professoras, que ajudaram a convocar e organizar a coisa da forma mais “root” e feminina do planeta. Do apoio da Lu Monte e da Nospheratt, que me ajudaram tanto com regras, usos e costumes. Do trabalho bacana, sensível e rápido da Garcia Sales que nunca hesita em largar o jogo de futebol para ajudar a inventar novidades no layout do blog, instalar e desinstalar, desenhar e, nos encontros, segue firme e contente – vai até dar uma oficina no sabadão.
Quando tive esta idéia, sem maiores pretensões, jamais imaginei que estava fazendo um campo corpante onde a mulherada pode operar, criar corpo, formular devires, aprender juntas. Vou dever a vocês a definição de campo corpante, porque ainda não está no ar, assim que estiver eu coloco o link. De qualquer forma, na minha definição, sem jargão terapêutico, o LuluzinhaCamp é um ambiente fechado, selecionado por gênero, em que graças à delicadeza, ao respeito mútuo e à colaboração as coisas fluem, a vida surge e se multiplica, é possível compartilhar conhecimento e construir projetos sem medo, em público. Neste ambiente, cada uma reconhece o valor da outra, diferenças são parte intrínseca, filhos são bem-vindos, discussões podem perder o rumo sem patrulhamento. Mais que isso: cada uma contribui, com sua presença (às vezes na ausência também), com comida, bebida, presentinhos e presentões, conhecimento, apoio mútuo.
Jamais vou esquecer o apoio de coxia de algumas interneteiras velhas de guerra (nomes mantidos sob sigilo porque não pedi licença para publicar) sempre que fomos alvo do que chamo de “ataque xoxial mídia”. E isso rola, estão sabendo? E também jamais vou esquecer das maravilhosas e éticas Luluzinhas que, sim, trabalham com Social Mídia (aí merecem ganhar o nome direitinho) e jamais, nunca, em tempo algum violaram a privacidade da galera do grupo. Questão de caráter. E eu tenho o maior prazer em conviver com estas mulheres no meu dia-a-dia. E o desprazer de ter que puxar orelhas de quando em quando. Quem mandou parir Mateus? Agora é preciso educar.
Eu estou aqui matutando como exportar o modelo que inventamos – onde temos os encontros presenciais, a(s) lista(s) de discussão(ões) e o site como bases – para algo que inclua também os homens. Confissão? Não sei se é possível. Imagino que esta “exportação” seja possível por interesses – corrida, cozinha, moda, ecologia… E sim, estou fugindo da questão “tecnologia” de propósito. Nas últimas reuniões em que o tema era este, não importa o sexo, fiquei com gosto de competição na boca, no estômago e colado à pele. Nem nos NewsCamps (não, eu não fui ao último) eu me sinto tão à vontade para compartilhar livremente.
Vou contar uma coisa para vocês: competir é uma bela m***. Seth Godin diz que a grande graça é ser o melhor do mundo. Acho válido para negócios – e, sim, nossos blogs também são negócios. Mas a grande questão é que, para esta Joaninha escrevinhadora, a grande graça da internet – e dos encontros que ela proporciona – foi, é e será a anarquia, a liberdade, a colaboração, os encontros, o compartilhamento. A graça da vida é construir em conjunto, um tijolinho de cada um, dentro de suas possibilidades e saberes. E isso dá uma satisfação gigantesca quando a gente consegue fazer – não, não é fácil, não.
Por isso tenho orgulho de apresentar a vocês, meus queridos leitores, um encontro que, em menos de um ano, conseguiu reunir uma comunidade de mais de 400 mulheres (e crescendo), que se comunicam pelo Twitter e cada vez mais aprendem a colaborar entre si… E quem tiver paciência para passear pelos arquivos deste blog descobrirá que além de mães, esta comunidade tem pai: Jonny Ken. Foi ele quem sugeriu o nome, que foi o preferido na votação. E embora papai sabe tudo não conheça boa parte da produção que fazemos nos grupos de discussão, basta vocês circularem pela rede LuluzinhaCamp para verem que os assuntos são maiores e melhores do que os misóginos de plantão imaginam.
De toda forma a gente continua fêmea, quer manicure, maquiagem, cabelo bem cuidado, corpinho saudável e um chamego de vez em sempre. E teremos isso e muito mais em São Paulo, Brasília, Rio, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte neste sábado. Aguardem. Nosso alvo é ter um Luluzinha em cada canto deste Brasil gigantesco.