Imagem: Beetroot on the Barbecue, no flickr de Marj Joly
Esta notícia é da série: o que a gente não viu em 2008. E também pode ser uma ótima idéia para colocar em linha de produção. O portal Setor Reciclagem, leitura diária, copiou (como sempre faz) uma nota velha do Aprendiz que me interessou. E lá fui eu investigar. Primeiro: notícia velha, de março. Um pouquinho de pesquisa depois achei o colégio, a fonte e a história.
Os alunos Bruno Buzo e Mariana Dermarchi, do Colégio Koelle, em Rio Claro, trabalharam numa tinta reciclável, com a beterraba como extrato e levaram três prêmios na Febrace: terceiro lugar na categoria de “Ciências Exatas e da Terra”, terceiro lugar em “Inovação” e mais um prêmio internacional “Melhor uso de material para Ciências”. Orientados por Carlos Eduardo Burin por seis meses, com apoio da Uniararas, a dupla dinâmica passou uma semana na POLI-USP mostrando seu projeto.
A escolha do extrato de beterraba foi pela força de seu pigmento. O processo de produção começa com a raiz batida no liquidificador. Depois, são adicionados ao suco conservantes e outros elementos – todos biodegradáveis, como amido –, para tornar a tinta mais resistente e viscosa. O resultado é uma tinta vinho, bastante intensa. Segundo os estudantes, as raízes retiradas de agosto a novembro produzem os melhores pigmentos.
Para quem não sabe: sim, a tinta das esferográficas é carregada de metais pesados e pode causar prejuízo à saúde e ao meio ambiente.