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19
maio
2009

Lâmpadas Fluorescentes: todo cuidado é pouco

Quem pediu para eu escrever sobre o assunto foi o @dasilvaorg numa mensagem há duas semanas. Antes que caia no buraco negro do “não fiz”, aqui está um post sobre o que fazer com as lâmpadas econômicas – que, sim, são uma questão ambiental, pois contêm mercúrio, um metal altamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente.

A preocupação maior a respeito da poluição mercurial é decorrente dos efeitos à saúde relacionados à exposição ao mercúrio metilado  metilmercúrio) encontrado na água e alimentos aquáticos. O sistema nervoso central é o alvo principal do metilmercúrio. Este metal também é reconhecidamente um agente teratogênico. No entanto, seus efeitos genotóxicos (ação no DNA) são de difícil interpretação e contraditórios.

Fonte: Efeitos biológicos do mercúrio e seus derivados nos seres humanos – Uma revisão bibliográfica

Onde estão as lâmpadas fluorescentes queimadas e/ou quebradas no Brasil? No lixo comum, em grande parte – apenas 6% são recicladas hoje. E lá é o pior lugar para elas.

Os benefícios

Esta “novidade” chegou ao Brasil em 2001, por conta do apagão – e da necessidade de todos economizarmos MUITA energia elétrica. Por razões óbvias (elas abaixam a conta de luz) as lâmpadas econômicas conquistaram o coração – e o mercado brasileiro. Seu crescimento, nos últimos quatro anos, foi de 20% ao ano!!! A iluminação responde por 20% do consumo de uma residência. Cada lâmpada compacta de 15W – mesma luz da incandescente de 60W – economiza R$ 2 por mês na conta de luz. Numa casa de classe média, com cerca de dez lâmpadas, a economia mensal é de R$ 20,00.

Detalhe: elas são importadas. Em 2007 trouxemos cerca de 80 milhões delas, quase todas da China – líder de fabricação do produto. Segundo pesquisa do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), 96% dos entrevistados conhecem as lâmpadas fluorescentes. 14% deles as utiliza em forma compacta e outros 30% usam as tubulares.

Em 2008, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) colocou em vigor uma lei que obriga as lâmpadas fluorescentes (compactas ou não) a exibir a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – que atesta o cumprimento das exigências de desempenho, a garantia de um ano. A maioria dos fabricantes, entretanto, consegue garantir seu produto por dois anos.

Quebrou? Se cuide! Material perigoso

Todo cuidado na hora de manusear e usar as lâmpadas fluorescentes. Caso uma delas quebre, isso libera mercúrio. Veja as recomendações da ABilumi:

  • Não use aspiradores de pó para limpar;
  • Logo após o acidente, ventile o ambiente – abra portas e janelas;
  • Saia do local por, no mínimo, 15 minutos;
  • Para limpar, use luvas e avental. Evite contato do material com a pele. Coloque tudo em um saco plástico;
  • Com um papel umedecido, retire os pequenos caquinhos que ainda restarem (não tire as luvas…);
  • Coloque o papel dentro daquele saco plástico e feche bem;
  • Coloque todo o material dentro de um segundo saco plástico. Lacre o saco plástico evitando a contínua evaporação do mercúrio liberado;
  • Logo após a limpeza, lave as mãos com água corrente e sabão.

Na hora de jogar fora é que são elas

A ABilumi encontrou apenas dez empresas que oferecem serviço de reciclagem de lâmpadas em todo o Brasil– a maior parte delas em São Paulo.

São Paulo

Apliquim – (11) 3722-5478

Rodrigues & Almeida Moagem de Vidros – (19) 9649-6867

Tramppo –(11) 3039-8382

Naturalis Brasil – (11) 4496-6323 e 4591-3093

Santa Catarina

Brasil Recicle – (47) 3333-5055

Paraná

Bulbox – (41) 3357-0778

Mega Reciclagem – (41) 3268-6030 e 3268-6031

Rio Grande do Sul

Sílex – (51) 3421-3300 e 3484-5059

Minas Gerais

Recitec – (31) 3213-0898 e 3274-5614

HG Descontaminação – (31) 3581-8725

Com informações do Portal Coleta Solidária

Imagem: Chandelier de Ronai Rocha, em CC no Flickr

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Categorias:
Brasil, ecologia, Rede Ecoblogs

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