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17
nov
2011

Norton apresenta estudo sobre uso da internet

NortonOnlineFamily

Um dos slides de apresentação da pesquisa 2011

A Norton Symantec apresentou, ontem os resultados da 4ª edição de sua pesquisa Norton Online Family – que faz parte do seu relatório de cibercrimes e está disponível na íntegra para quem quiser ver (clique no link).

Quem nos apresentou as conclusões foi Bruno Rossini, especialista de segurança da Norton Symantec. Eu fiquei passada a ferro de goma com diversos fatos:

  • Os pais são as maiores vítimas das crianças. Por conta das atividades delas na internet, a criançada baixa vírus (e outras coisas nada agradáveis). E são eles que sofrem. Antivírus pra quê, né, gente?
  • Os professores são vítima de cyberbating, como a Norton chama as armadilhas que os alunos criam para professores para tirá-los do sério. Tudo devidamente registrado e publicado na internet e nas redes sociais, o que, inclusive, já levou a demissão. #fimdapicadaatômica.
  • Todo mundo (pais, professores, crianças) acha que a escola deve educar sobre segurança online, mas fato é que isso não acontece. Até porque, vamos combinar, as crianças são nativas e os professores não. Tem um nó aí nesta conversa que é difícil de resolver.
  • Tem criança usando cartão de crédito (e conta dos pais) para fazer compras online sem supervisão. Há o caso de uma menina nos EUA que gastou US$ 1.500 (sim, seres, mil e quinhentos dólares)! Limites de gastos – e evitar o uso de seu cart
  • Há crianças que passam mais de 49 horas online. São elas as maiores vítimas das tais “experiências negativas” (calma, já vou falar disso).
  • No Brasil, os índices de experiência negativa com dispositivo móvel (aka, celular) é mais alto que no resto do mundo. 14% das nossas crianças são vítimas destas situações. Aqui, cabem as mesmas medidas acima, de acordo com o meio.

Não, eu não estou mostrando as porcentagens – ainda. Tem algumas coisas que a gente precisa conversar e não são números.

Primeiro: se você não sabe o que fazer na internet – e como fazer de forma segura – morreu, playboy. Você, pai ou mãe, pode ter conseguido, mas seu filho não conseguirá viver sem saber isso. Então aprenda: para navegar é FUNDAMENTAL ter um firewall decente e um antivírus. E ninguém tem desculpa: há antivírus de graça que funcionam muito bem, se você não quiser comprar o pacote Norton – entre muitos outros. Eu uso ESET. Não, nenhum é perfeito 100% – mas a pílula anticoncepcional também não é.

Segundo: converse, sempre. Nada de proibir. Defina as regras de uso e faça a criançada cumprir. Eles avisam, sim, que driblam as regras. E, sim, navegam onde não deveriam. Portanto, crie regras claras. Você pode ficar x horas na internet todo dia. Podem estes sites (que devem ser definidos de acordo com a idade). Pode baixar arquivo assim e assado. E lembre das redes sociais: ensine aos seus filhos que estranhos são perigosos. Mesmo quando são amigos dos amigos. Se não conhece, não é pra adicionar. Ponto final.

Eu perguntei ao Bruno diretamente sobre as regras. É óbvio que os filhos podem burlar todas as regras: basta ir à lan house, usar o computador do amiguinho cujos pais não definem regras ou o celular… Portanto, seres pais, prestem atenção: o lance é conversar. Muito. Sempre. Só assim seu filho conseguirá tomar boas decisões usando seus próprios critérios.

Negócio é que eles, muitas vezes, aprendem a usar mouse antes do lápis. Eu não conheço muitas Ana Cláudia Bessa neste mundo – e vejam, eu conheço muitas mães blogueiras.

Vocês estão prontos pra ficar com os cabelos em pé? No Brasil, 79% das crianças tiveram as tais “experiências negativas”. A redução foi de 1% em relação a 2010. Detalhe: nos países desenvolvidos, apenas 57% das crianças têm estas experiências. São elas: baixar um vírus (45% das crianças brasileiras); cenas violentas em vídeos ou jogos (44%); tentativa de assédio em rede social (42%).

Notem que os números não são pequenos. Portanto, vamos às medidas que são necessárias:

  1. Instale um antivírus pelo amor de seus filhos. E ensinem como usar. E programem rastreamento completo do computador uma vez por semana.
  2. Crie regras claras de uso de internet. Limite o tempo de uso, de forma racional, por favor. Hoje, as escolas usam e pedem o uso de internet para fazer trabalhos e lições. E todo mundo merece se divertir. O fundamental é: limitar o tempo, definir sites seguros e usar uma ferramenta de controle parental. O Norton Online Family é gratuito e funciona bem. Existem outros. Vale a pesquisa.
  3. Prepare seus filhos para tomarem boas decisões com suas próprias cabeças. Isso é o que dá trabalho – e onde costumamos falhar. Haja saliva e inteligência para conseguir fazer de forma que não seja um sermão, solenemente descartado. Informe-se, converse, explique, ajude. E aprenda com seus filhos como construir esta habilidade.
  4. Nunca permita que seu filho use seu cartão de crédito ou contas. Estas informações são pessoais e intransferíveis. Senhas inclusive. Caso eles usem uma vez, troque sua senha logo a seguir. E controle o uso.

Acho muito interessante que a empresa faça este tipo de estudo todos os anos. Eles pesquisaram crianças entre 8 e 15 anos, em todo o mundo, inclusive no Brasil.

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