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25
jun
2010

Escolha o animal silvestre símbolo de S. Paulo

Qual é o bicho que tem a cara de São Paulo? Eu já sabia que existe uma equipe da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente em São Paulo dedicada à questão da biodiversidade por conta de um trabalho que acabou não rolando. Sim, parece incrível, mas é verdade: a cidade de São Paulo investe um pouquinho do dinheiro de seus cidadãos em criar parques, preservar a diversidade e conscientizar a população.

Um dos jeitos é a votação no animal silvestre que é a cara de Sampa. Será o Bentevi? Ou o esquilo Caxinguelê, do qual eu nunca havia ouvido falar (e jamais vi)? Eu sou da turma da Suçuarana, mas tenho certeza que vai ter gente a preferir a rã de vidro… Veja aqui quais são os bichos e vá votar na Consulta Pública!

Bentevi (Pitangus sulphuratus)- Uma das aves mais populares da cidade, o Bentevi se adaptou muito bem ao desenvolvimento urbano de São Paulo. Seu afamado canto, muito conhecido, parece uma feliz saudação e pode ser ouvido até mesmo em pátios de prédios longe das áreas verdes da cidade. Seu comportamento de domínio territorial é flagrado quando o Bentevi persegue com valentia aves maiores do que ele.

Bugio (Alouatta guariba clamitans)- Estes macacos vivem em grupos e se distinguem dos demais pelo comportamento tranqüilo e por emitir um “ronco” peculiar, que pode ser ouvido a grandes distâncias. Está entre os maiores primatas neotropicais, sendo animais característicos da Mata Atlântica. Podem ser facilmente observados no Parque Estadual da Cantareira e na região sul do município.

Carcará (Caracará plancus) – De porte avantajado e muito chamativo, o carcará é uma ave que está se tornando cada vez mais comum na cidade. Adaptando-se às constantes mudanças da capital paulista, este rapinante pode ser observado em áreas verdes da cidade ou no alto dos prédios.

Caxinguelê (Sciurus ingrami) – Este simpático esquilo impressiona pela agilidade nos deslocamentos entre as árvores. Vive solitariamente e pode ser facilmente observado em fragmentos de florestas da cidade de São Paulo. Possui uma aguçada audição e sua vivacidade chama a atenção das pessoas.

João-de-Barro (Furnarius rufus) – Esta ave popular pode ser considerada também um símbolo do trabalho pela maneira laboriosa como constroem seus ninhos de barro, em forma de forno sobre postes e mourões, surgindo inclusive alguns “condomínios” com vários ninhos, algo semelhante aos prédios de apartamento de São Paulo. Sua presença é também percebida pela sua voz estridente emitida em duetos.

Perereca-flautinha (Aplasodiscus albosignatus) – Vive nas serras do Mar e da Mantiqueira, recebe este nome pela sua vocalização que se assemelha a uma nota de flauta no interior da mata. A Perereca-flautinha possui um complexo sistema de corte e acasalamento que envolve sinalizações e toques. Seus ovos são depositados em tocas no solo, próximos a riachos. Na época das chuvas, o volume das águas aumenta e as tocas são inundadas, liberando os girinos para os córregos.

Periquito-rico (Brotogeris tirica) – Uma das aves mais populares de São Paulo, este periquito é visto com frequência em bandos, atravessando os céus da cidade, quando fazem grande algazarra. É atraído por árvores frutíferas, além de ipês, paineiras e outras. Quando ameaçado fica imóvel tentando se esconder entre a folhagem. Seu comportamento é muito similar ao da cidade de São Paulo, ou seja, acorda cedo, fazendo muito barulho logo nas primeiras horas da manhã.

Picapau-de-banda-branca (Dyocopus lineatus) – Comum nos parques da cidade de São Paulo, geralmente é avistado em busca de alimento, quando bate insistentemente seu forte bico contra os troncos e galhos das árvores à procura de insetos. Seu porte ereto, agarrado aos caules verticais e sua plumagem tricolor com as cores de São Paulo, chama a atenção das pessoas.

Rã-de-vidro (Hyalinobatrachium uranoscopum) – De coloração verde, que lhe confere camuflagem em meio à vegetação, possui o ventre transparente. Muito delicada e dependente das matas úmidas para sua reprodução e sobrevivência, freqüenta as matas da região sul da cidade de São Paulo.

Sabiá Laranjeira (Turdus rufiventris) – Um dos pássaros mais comuns da cidade de São Paulo e conhecido dos paulistanos, esta ave é comumente encontrada em jardins, praças, parques. Seu canto pode ser apreciado em vários bairros da cidade, principalmente nas manhãs e tardes primaveris. Constrói o ninho em locais acessíveis e próximos às habitações humanas, garantindo assim maior convívio.

Saruê (Didelphis aurita) – Um dos animais mais comuns na cidade, pertence a um dos grupos de mamíferos mais antigos da Terra. As fêmeas carregam sua prole dentro de uma bolsa no seu ventre, assim como seus parentes cangurus. Esta espécie possui alimentação variada e pode ser vista em áreas verdes e urbanizadas da cidade. Têm grande poder de adaptação, adequando seus hábitos ao crescimento urbanístico da cidade.

Suçuarana (Puma concolor capricorniensis) – Também conhecida como onça-parda, este é o maior felino registrado atualmente na cidade de São Paulo e o segundo maior do Brasil. É encontrado nos extremos sul e norte da cidade, podendo ser avistada quando se aproxima de chácaras e sítios em busca de alimento. Este animal está no topo da cadeia alimentar das espécies que habitam a nossa região metropolitana.

Tico-tico (Zonotrichis capensis) – O Tico-tico é comumente observado em locais onde existem grandes áreas ajardinadas. Seu característico canto de demarcação do território, ou seu hábito de buscar alimento em jardins próximos a residências, o tornam um dos pássaros mais populares da cidade de São Paulo. O Tico-tico não é capaz de fazer distinção entre seus filhotes e os do chupim (Molothrus banariensis) que cria com zelo e dedicação.

Papa-vento (Enyalius inheringii) – O Papa-vento é um lagarto com aproximadamente 25 cm de comprimento que habita a Mata Atlântica. Já foi observado em vários parques da cidade de São Paulo. Sua alimentação é baseada em artrópodes que costuma caçar entre as folhas secas e restos de matéria orgânica encontrados sobre o solo das matas. O Papa-vento, apesar de ficar imóvel e ter aparência de réptil vagaroso, costuma fazer deslocamentos curtos e rápidos, ao ritmo da metrópole paulistana.

Beija-Flor Tesourão (Eupetomena macroura) – O mais comum entre os beija-flores encontrados na cidade de São Paulo, o tesourão pode ser visto em vários bairros, visitando jardins, quintais, varandas e apartamentos em busca de morada e alimento. Apesar da aparência delicada de beija-flor, esta pequena ave é muito corajosa, atacando aves bem maiores que possam invadir o seu território. Sua habilidade de vôo chama muito a atenção, bate as asas com grande velocidade, ritmo digno de um morador da cidade de São Paulo.

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ecologia, Rede Ecoblogs

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