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08
maio
2015

Desaparecidos: Imprima para ajudar

Captura de tela: Associação Mães da Sé - DesaparecidosO álbum de desaparecidos colecionados Brasil afora é sempre um susto. Gente que some sem deixar vestígios – e resta pra trás uma família em busca de alguém muito querido. Segundo o release da FCB, são 200 mil pessoas por ano… o número é impressionante, enorme e pode acontecer com qualquer um.

A agência bolou uma campanha bacana, usando a tecnologia ePrint, das impressoras HP, que permite o envio de impressão à distância. O dono de uma impressora com HP ePrint se cadastra no site http://www.imprimaparaajudar.com.br/ e passa a receber, de tempos em tempos, cartazes de pessoas desaparecidas para espalhar por aí.

É um jeito bacana de criar uma rede de solidariedade e permitir que pessoas sejam encontradas – já que os cartazes são mesmo a ferramenta mais usada pelas ONGs que trabalham com o assunto para tentar encontra-los.

Cada consumidor cadastrado será identificado pela Associação Mães da Sé e receberá automaticamente em sua impressora cartazes com pessoas que desapareceram perto de seu endereço (sim, o serviço usa geolocalização). Cada um pode imprimir quantos cartazes quiser e espalhar perto de casa, para aumentar o raio de exposição das informações, aumentando as chances de encontrar os desaparecidos.

Olhaí o videocase:

A Associação Mães da Sé (Associação Brasileira de Busca e Defesa da Criança Desaparecida) nasceu há 19 anos, resultado do encontro de Ivanise Esperidião da Silva e Vera Lúcia Gonçalves, ambas mães com filhos desaparecidos, durante as gravações de Explode Coração*. Logo depois começaram a se encontrar a cada segundo domingo do mês, nas escadarias da Sé, em São Paulo. Um protesto silencioso, porque a polícia não costuma fazer xongas pra resolver este tipo de problema.

Para se ter uma ideia, dos mais de 9 mil cadastrados como desaparecidos, pouco menos de 30% foram encontrados (2.937 casos). Se, no começo, só cuidavam dos casos de crianças, hoje vale gente de toda idade.

Olha só o que a Ivanise (que ainda não encontrou a filha, que desapareceu a 120 metros de casa, em 1995) tem de programas por lá:

  • Atendimento psicológico as mães e famílias dos desaparecidos e posteriormente as crianças encontradas; através de parceria com a Universidade Mackenzie;
  • Encaminhamento para atendimento Psiquiátrico temos através de parceria com uma psiquiatra que atende gratuitamente essas mães em seu consultório, Dra Cristiane Barbieri
  • Assessoria Jurídica através de advogados (a) voluntários (a);
  • Parcerias com a Delegacia de Pessoas Desaparecidas, DHPP, SOS Criança, do Rio de Janeiro, Fundação Criança de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, outras ONGs: Ministério da Justiça, Através da Secretaria Especial de Direitos Humanos, da qual sou membro do comitê gestor da Redesap (Rede de – Localização de Crianças Desaparecidas, Abrigos, Conselhos Tutelares ,Hospitais, Varas da Infância e Juventude, Ministério Público, Creas, Cras, Crecas ( Centros de Referencia da Criança e Adolescentes);
  • Fiscalização dos órgãos Públicos com relação aos casos encaminhados pela ABCD;
  • Ampla divulgação de Fotos dos desaparecidos, através de Cartazes, Jornais, Internet e outros meios de comunicação.

Espalhe a notícia para quem quer que tenha uma HP com esta tecnologia – e se puder, faça a sua doação para elas lá no site. Trabalho de primeira, feito com carinho por gente doce.

*novela da Glória Perez, que divulgava crianças desaparecidas (e a história das suas famílias), que ajudou a encontrar 113 desaparecidos.

[Este post não é publi, é pra ajudar a Associação Mães da Sé, que conheço desde o nascimento]

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