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22
jun
2011

Arte denuncia poluição internacional em praia protegida do México

Outro dia, navegando por aí, encontrei as lindas fotos de Washed Up. A beleza trouxe o horror e eu soube que o objetivo era conscientizar. A história: o artista mexicano Alejandro Durán, que vive em Nova Iorque, resolveu fazer algo a respeito da poluição de plástico que acaba nas costas de Sian Ka’an, ao sul de Cancún, no México. Com mais de 20 sites arqueológicos pré-Colombianos, o lugar é Patrimônio da Humanidade, segundo a UNESCO. Além da riqueza da fauna e da flora, Sian Ka’an abriga o segundo maior recife costeiro do mundo. E, tragédia, recebe lixo de cada canto do mundo, carregado pelas correntes oceânicas.

Desde fevereiro de 2010, Durán usou todo este lixo para criar esculturas coloridas e específicas, uma confluência de homem e natureza, em que distribui o lixo pela paisagem como as ondas, o vento ou a terra fariam, com formas orgânicas. Para fotografar o resultado, ele usa um misto de luz natural e artificial.

Durante a realização do projeto, o artista identificou o lixo: vieram de 42 nações de todo o globo e, sim, tem Brasil na área, mas também Noruega e Rússia. A série de fotos mostra os resultados do consumismo, que afeta até mesmo lugares intocados pelo homem. Inspirado nos trabalhos de Andy Goldsworthy e Robert Smithson, Washed Up fala das questões ambientais de nosso tempo e do nosso desperdício. Mais que transformar lixo em tesouro, é um jeito de aumentar a nossa consciência.

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Categorias:
ecologia, Rede Ecoblogs

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