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22
jan
2010

A desbiografia poética de Manoel de Barros

Tive o prazer de rever, semana passada, a desbiografia cinematográfica do poeta Manoel de Barros: Só dez por cento é mentira. Para quem não o conhece, Manoel é um dos poetas mais vendidos do Brasil, pouquíssimo citado pelos intelectuais. Descoberto na “terceira infância” por Millôr Fernandes, é o “inventor” que nos traz a doçura da brincadeira, do desenho, da simplicidade, uma alegria pura e brilhante. Pena que encontrar seus livros seja tão difícil

Como eu mesma já disse: Doce, lindo e fiel, o filme é narrado por seu diretor e respeita todas as falas do poeta. Preparem-se para lindas imagens, as incríveis linhas deste nosso poeta, depoimentos-delícia, música sob medida e todos os dez por cento de mentira e noventa por cento de invenção de Manoel de Barros.

Tudo tecido artesanalmente por três homens muito bacanas: Pedro Cezar, Márcio Paes e Marcos Kuzca – com a ajuda de muitos outros intrépidos amantes de boas histórias e imagens lindas. Recomendado para quem acha que sucesso é ralar das 9h às 21h sem parada, que ficar engarrafado no trânsito é condição fundamental da existência; ou para quem esqueceu o que é chover futuro.

Se nada disso diz respeito a você, eu aviso: corra para o cinema! O filme, distribuído em formato digital, só está em cartaz em uma sala em São Paulo e outra no Rio. Pelas próximas duas semanas. Aqui na terra da garoa, o endereço é o Unibanco Arteplex, no Shopping Frei Caneca. É filme para quem não tem medo das emoções, de beleza e tem sede de vida.

Repitam com Manoel de Barros: Tudo o que não invento é falso.

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Brasil, web/blogosfera

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